04 de ago de 2014
· PSD Movimentos, Ricardo Patah, UGT
Ricardo Patah, coordenador do PSD Movimentos: "Somos plurais e pragmáticos."
Presidida pelo sindicalista Ricardo Patah, a União Geral de Trabalhadores (UGT) vem crescendo rapidamente, enquanto outras centrais de sindicatos perdem espaço. Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho (MT) apontam que a UGT foi a central que mais cresceu durante os últimos anos, com seu índice de representatividade (taxa que representa o número de sindicatos e trabalhadores filiados) subindo de 7,9% para 11,9%.
Os dados do Ministério do Trabalho mostram que as outras duas maiores centrais do País – CUT e Força Sindical – perderam representatividade. A CUT caiu de 38,3% para 34,4%, enquanto a Força Sindical caiu de 14,1% para 12,6%.
De acordo com Ricardo Patah, que coordena o PSD Movimentos, área do partido voltada à interlocução com movimentos sindicais e sociais, “os sindicatos procuram a UGT por causa de sua política de inclusão e cidadania dos trabalhadores”.
A UGT informa ter sido constituída para defender os trabalhadores brasileiros através de um movimento sindical amplo, cidadão, ético, solidário, independente, democrático e inovador. A entidade defende “a unidade no sindicalismo e o direito à livre associação e organização, visando a construção de um projeto social pacífico, justo e democrático, centrado no ser humano, capaz de oferecer respostas e propostas aos problemas nacionais”.
A UGT já ultrapassou a marca de 1.500 entidades sindicais filiadas e representa cerca de 8 milhões de trabalhadores na base desses sindicatos. O crescimento da UGT no governo acompanhou o do PSD. Ambos têm o mesmo perfil. O PSD abrigou dissidentes de todas as esferas políticas, assim como a UGT.
“Somos plurais e pragmáticos. Estou, como cidadão, com Dilma para presidente de novo, mas lideranças de nossa central, ligadas ao PPS e ao PSB, vão com Eduardo Campos para presidente. Estamos com Paulo Skaf, em São Paulo, mas conversamos com todos”, afirmou Ricardo Patah, que também integra a executiva nacional do PSD.
A UGT tem crescido absorvendo sindicatos da CUT e da Força. No ano passado, o Sindicato dos Comerciários de Sergipe, que representa mais de 220 mil trabalhadores, deixou a CUT e passou a ser filiado à UGT. Além disso, a Federação dos Comerciários de São Paulo, há 22 anos uma das principais entidades da Força Sindical, migrou para a UGT.
Além do posicionamento político “aberto”, como chamam os sindicalistas, a UGT tem se beneficiado de uma circunstância histórica do governo Dilma: a queda do emprego industrial e o aumento na formalização de trabalhadores de comércio e serviços. Tradicionais entre metalúrgicos, químicos e têxteis, CUT e Força perdem representados e associados neste cenário, processo inverso da UGT.