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Ministros e presidente da Petrobras falarão sobre aumento de combustíveis

Senador Otto Alencar (PSD-BA), autor do requerimento, destaca que em 2021 a Petrobras já aumentou 11 vezes os preços da gasolina

09 de nov de 2021

Os senadores Vanderlan Cardoso e Otto Alencar

Redação Scriptum com Agência Senado

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou convite para que os ministros de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e da Economia, Paulo Guedes, além do presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, prestem informações sobre os sucessivos aumentos de preços dos combustíveis no País.

Segundo o presidente da CAE, senador Otto Alencar (PSD-BA), autor do requerimento, em 2021 a Petrobras já aumentou 11 vezes os preços da gasolina e nove vezes os do diesel. Neste ano, a gasolina subiu 74%, e o diesel, 64,7%.

Inicialmente proposto como convocação, o requerimento foi transformado em convite a pedido do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). Alguns senadores sugeriram a inclusão de Paulo Guedes entre os convidados, o que foi acatado.

“Vamos marcar data para que eles aqui compareçam para prestar esclarecimento sobre os sucessivos aumentos dos combustíveis. Não há uma explicação por parte do governo. A necessidade é de que a Petrobras possa trabalhar com transparência”, disse Otto.

Os senadores enfatizaram não ser aceitável a atual política de preço de paridade internacional, utilizada pela Petrobras. Otto Alencar apontou que “70% do custo do refino do petróleo no Brasil é em real, não há como aceitar esse preço de paridade internacional todo baseado no dólar”. Ele antecipou que vai apresentar projeto de lei que propõe a criação de um fundo de compensação dos custos dos combustíveis no Brasil.

Omar Aziz, do PSD do Amazonas, lembrou que o Brasil é rico na produção de petróleo. “Não dá para compreender: se pagamos em real todos os custos da produção de combustíveis, por que dolarizar?”

Vanderlan Cardoso (PSD-GO) também destacou o peso dos impostos. “Precisamos chamar os prefeitos, os governadores para essa discussão e não devemos mais deixar que esses impostos venham em cascata. O Brasil é autossuficiente em petróleo, mas a Petrobras está sendo uma maldição com essa política de preços”.

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