Os senadores Vanderlan Cardoso e Otto Alencar
Redação Scriptum com Agência Senado
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou convite para que os ministros de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e da Economia, Paulo Guedes, além do presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, prestem informações sobre os sucessivos aumentos de preços dos combustíveis no País.
Segundo o presidente da CAE, senador Otto Alencar (PSD-BA), autor do requerimento, em 2021 a Petrobras já aumentou 11 vezes os preços da gasolina e nove vezes os do diesel. Neste ano, a gasolina subiu 74%, e o diesel, 64,7%.
Inicialmente proposto como convocação, o requerimento foi transformado em convite a pedido do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). Alguns senadores sugeriram a inclusão de Paulo Guedes entre os convidados, o que foi acatado.
“Vamos marcar data para que eles aqui compareçam para prestar esclarecimento sobre os sucessivos aumentos dos combustíveis. Não há uma explicação por parte do governo. A necessidade é de que a Petrobras possa trabalhar com transparência”, disse Otto.
Os senadores enfatizaram não ser aceitável a atual política de preço de paridade internacional, utilizada pela Petrobras. Otto Alencar apontou que “70% do custo do refino do petróleo no Brasil é em real, não há como aceitar esse preço de paridade internacional todo baseado no dólar”. Ele antecipou que vai apresentar projeto de lei que propõe a criação de um fundo de compensação dos custos dos combustíveis no Brasil.
Omar Aziz, do PSD do Amazonas, lembrou que o Brasil é rico na produção de petróleo. “Não dá para compreender: se pagamos em real todos os custos da produção de combustíveis, por que dolarizar?”
Vanderlan Cardoso (PSD-GO) também destacou o peso dos impostos. “Precisamos chamar os prefeitos, os governadores para essa discussão e não devemos mais deixar que esses impostos venham em cascata. O Brasil é autossuficiente em petróleo, mas a Petrobras está sendo uma maldição com essa política de preços”.