A luta em defesa das vítimas de hanseníase e o sofrimento provocado pela violência doméstica foram os temas abordados nesta semana pelo ‘Opinião de Mulher’, quadro apresentado pela coordenadora nacional do núcleo feminino do partido, Alda Marco Antonio, que está disponível no canal do PSD Mulher no YouTube.
Nesta sexta-feira (6) foi disponibilizada a entrevista da pedagoga e assistente social Teresa Oliveira, criadora do projeto Hansenpontocom, que combate o preconceito em relação à doença e promove a inclusão social de pacientes e ex-pacientes. Logo após o parto, no antigo Hospital Santo Ângelo, em Mogi das Cruzes, Teresa foi separada da mãe, portadora de hanseníase.
Uma lei federal de 1949 estabelecia a separação compulsória nesses casos. Causada pelo bacilo Mycobacterium Leprae, a hanseníase é infecciosa e atinge, principalmente, a pele e os nervos, sobretudo os da face e extremidades.
“A sociedade não queria ter contato com ninguém que tivesse hanseníase porque não tinha tratamento”, relembrou Teresa, que foi adotada por uma família paulistana e resgatou a história da doença no Brasil no livro Caminhos de Volta.
Superação
Na entrevista disponibilizada na quarta-feira (4), a autônoma paulistana Eliana Fazanni contou sobre os problemas que teve de superar ao longo de sua trajetória. Durante a infância, ela testemunhou as agressões praticadas pelo pai, alcoólatra e misógino, contra a mãe.
Por conta de um problema nas cordas vocais, Eliana só conseguiu se comunicar adequadamente com a família e os colegas da escola, onde sofria bullying, aos seis anos de idade. Em um período de fragilidade emocional, após a morte da mãe, manteve união estável por oito anos, um relacionamento abusivo marcado por ameaças e agressões constantes, em que a violência doméstica se manifestou de maneira física, emocional e patrimonial.
“O medo me consumiu, tirou a minha autoestima. Cheguei até a não querer mais viver”, contou. Depois de oito anos, ela tomou coragem e procurou a Delegacia da Mulher para denunciar o agressor e começar uma nova etapa em sua vida.
Desde então sua principal causa é o combate à violência doméstica, que ela pretende transformar em bandeira política num futuro próximo.