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Otto Filho propõe multa para os planos de saúde

Deputado do PSD da Bahia tem projeto para punir operadoras que cancelam contratos de clientes de forma unilateral

02 de set de 2024

O deputado Otto Alencar Filho: “Prática, além de imoral, afronta o direito do consumidor e coloca os beneficiários em desvantagem excessiva”

Edição Scriptum com Liderança do PSD na Câmara

Prática que tem prejudicado a assistência de idosos, de pessoas com deficiência ou com doenças graves, que ficam sem cobertura por decisão das empresas, o cancelamento unilateral de planos de saúde, por parte das operadoras, poderá ser punido com multas de até R$ 100 mil. A proposta é do deputado federal Otto Alencar Filho (PSD-BA).

A multa está prevista no Projeto de Lei 2456/24, apresentado pelo parlamentar. O texto determina que o valor será cobrado até que o cliente seja reintegrado pelo plano de saúde. Otto Alencar Filho destaca que a legislação atual proíbe a suspensão ou rescisão unilateral desses contratos, exceto em casos de fraude ou inadimplência superior a 60 dias, desde que o consumidor seja devidamente notificado. A interrupção de contratos durante a internação do titular também é vedada.

“Essa prática, além de imoral, afronta o direito do consumidor e coloca os beneficiários, a parte mais vulnerável da relação contratual, em desvantagem excessiva”, afirmou o deputado. Ele destaca que a rescisão abrupta dos planos compromete o sucesso dos tratamentos e, em muitos casos, diminui as chances de cura dos pacientes.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já firmou entendimento contra a rescisão unilateral de contratos de planos de saúde coletivos, ressaltando a importância de garantir a continuidade do tratamento para pacientes com doenças graves. Por isso, avalia Otto, é necessário multar as empresas que continuam a cancelar os contratos.

“Acreditamos que essa medida é essencial para coibir os abusos praticados por algumas operadoras de planos de saúde, que frequentemente interrompem tratamentos essenciais para a sobrevivência de pacientes em condições delicadas”, disse Otto Alencar Filho.

A proposta tramita em conjunto com outras iniciativas sobre o mesmo tema e será avaliada pelas comissões da Câmara dos Deputados.

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