19 de set de 2019
· #andrédepaula, #wladimirgarotinho
Encontro reuniu parlamentares pessedistas, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e um grupo de empresários que representam mais de 300 usinas
Edição: Scriptum
A busca de uma saída para os produtores de álcool do Nordeste, que se consideram prejudicados por um acordo feito entre os presidentes Jair Bolsonaro, do Brasil, e Donald Trump, dos EUA, foi o tema da reunião, esta semana, entre deputados e representantes do setor produtivo de etanol.
Com a participação do líder do PSD na Câmara, deputado André de Paula (PE) e dos parlamentares pessedistas Wladimir Garotinho (RJ), Marx Beltrão (AL), Júlio César (PI) e Edilázio Júnior (MA), o encontro reuniu o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e um grupo de empresários representando mais de 300 usinas que geram, em média, 300 mil empregos diretos.
Na pauta, o acordo entre Bolsonaro e Donald Trump visando facilitar a entrada no País de etanol produzido nos EUA, via Maranhão, com uma redução de 20% nos impostos. Os empresários defendem que a medida fragiliza os produtores de todo Nordeste e gera concorrência desleal com quem investiu alto para produzir no Brasil.
Uma das saídas apontadas pelo coordenador da bancada do Nordeste, deputado Júlio César (PSD-PI), e que poderia viabilizar o acordo é começar a importação do etanol pelas regiões Sul e Sudeste, já que suas safras estão no fim e o Nordeste acaba de iniciar a colheita da cana-de-açúcar. “Esse etanol que virá dos Estados Unidos vem sem imposto, ou seja, mais barato, compete com a nossa região e inviabiliza o escoamento da nossa produção”, explicou Júlio.
O deputado Edilázio Junior, do PSD do Maranhão, disse que o Porto do Itaqui, por onde o etanol estrangeiro vai entrar no Brasil, será beneficiado. “Mas, o acordo tem que ser bom para todos. Não basta beneficiar um local e prejudicar os produtores de toda região Nordeste. Precisamos buscar soluções e acredito que vamos encontrar uma saída satisfatória para todos.”