Otto Alencar e Nelsinho Trad atendem o senador Cid Gomes
Um dos senadores mais atuantes, com participação destacada em comissões e no plenário, Otto Alencar, do PSD da Bahia, também tem contribuído no Senado com base em sua experiência como médico, depois de ter passado cerca de duas décadas atendendo pacientes na área de emergência hospitalar. A atuação de Alencar nesse campo foi destacada em reportagem recente do jornal Folha de S. Paulo (veja aqui).
A matéria comenta a rápida reação do senador baiano ao ajudar colegas senadores que passaram mal no plenário da Casa. O primeiro episódio foi com o senador Cid Gomes (PDT-CE), hoje licenciado. O segundo episódico foi com o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO). Os dois casos acabaram bem e com as vítimas recuperadas. Nas duas ocasiões, teve também a ajuda de outro colega médico, o senador Nelsinho Trad, do PSD do Mato Grosso do Sul.
Otto Alencar, um dos quatro médicos com mandato de senador atualmente, é ortopedista formato pela UFBA (Universidade Federal da Bahia) e especialista em cirurgia de quadril, tendo trabalhado em atendimento de urgência em pronto-socorro em seu Estado por quase 20 anos. “Quem trabalha em pronto-socorro, quando acontece um problema, é quase automático: você vai para salvar”, afirma o senador, que oficialmente deixou a medicina em 2004.
Alencar conta que chegou a operar até quando era governador da Bahia, em 2002, quando uma antiga paciente o procurou. Em atos políticos, lembra que a experiência médica já foi útil, como quando, graças a dois comprimidos de um vasodilatador que carregava na carteira, salvou um adversário que enfartava em sua frente.
Em maio, quando passava pelo interior da Bahia, viu um motociclista ser atropelado e mandou que seu motorista parasse o carro. “Vi que estava com traumatismo craniencefálico, sem respirar direito. Fiz (respiração) boca a boca nele, botei dentro do carro e levei para Alagoinhas (município próximo)”, diz o médico senador à Folha de S. Paulo.
No Congresso, o senador baiano leva para seu gabinete uma mala com medicamentos para uma eventual necessidade. “Remédio que não acaba nunca: analgésico, anti-inflamatório, [medicação] para dormir… É para atender o pessoal.”
E os colegas o procuram. Ele lembra que passou a ser chamado de “meu médico” pela ex-senadora Lúcia Vânia depois que a tratou de uma fascite plantar, inflamação de uma membrana que recobre a musculatura da sola do pé.