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Rio planeja novo espaço de convívio, lazer e cultura

Gestão do prefeito Eduardo Paes (PSD) projeta novo parque público na região do porto carioca, com áreas verdes, hortas comunitárias, quadras, ciclovias, museu a céu aberto e espaços para eventos

24 de maio de 2024

Projeto inclui um novo píer para embarque e desembarque de navios de cruzeiro.

Edição Scriptum com site eduardopaes.com.br

A gestão do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), está planejando a criação de uma nova orla de convívio público, lazer, cultura e eventos que permitirá à população usufruir a frente marítima da Zona Portuária. Batizado de Parque do Porto e com construção prevista para acontecer em duas etapas, o projeto inclui um novo píer para embarque e desembarque de navios de cruzeiro.

Com forte componente ecológico e sustentável, o parque teria ainda um conjunto de praças flutuantes, com áreas verdes e para piquenique, hortas comunitárias, quadras poliesportivas, ciclovias, museu a céu aberto, espaços para eventos, equipamentos para tratamento de água e resíduos e plantio de árvores, com uma longa via suspensa para pedestres e bicicletas ligando todos esses espaços. O projeto está sendo negociado com o governo federal para cessão de áreas da União e adequação das atividades portuárias.

De acordo com Eduardo Paes, a inspiração para a nova orla do Rio vem do Parque do Flamengo, mas numa modelagem moderna e revisitada de construção, sem uso de aterros e respeitando o meio ambiente. A experiência das praças flutuantes já foi adotada em Nova York, onde a população local e os visitantes ganharam um parque ao longo do Rio Hudson dentro do projeto “Little Island”. Inaugurado em maio de 2021, ele é ligado à ilha de Manhattan por duas passarelas, tem bosques, anfiteatros, gramados, entre outras benfeitorias, que já se tornaram atração na cidade americana.

O prefeito explicou que a proposta é fazer um parque absolutamente inovador, com sustentabilidade e que possa inclusive ser adaptado às questões de elevação do mar. “Por isso falamos em parque flutuante. A ideia é ganhar um espaço público urbano de enorme qualidade, que em termos de intervenção no Rio só pode ser comparado ao Parque do Flamengo. Mas queremos um Parque do Flamengo do século 21”, disse.

Paes lembra que “estamos em outro momento ambiental, não se tem mais como aterrar, agredir a natureza. O Parque do Flamengo foi construído em outro momento de visão urbanística e ambiental. Hoje não se conseguiria fazer um aterro como aquele e nem é desejável que se faça. Então a gente traz um novo conceito de píers e flutuantes, sem impacto ambiental negativo”.

Revitalização

O projeto foi apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva há cerca de um mês e agora a Prefeitura do Rio, o Ministério dos Portos e Aeroportos e a autoridade portuária PortosRio (antiga Companhia Docas) negociam os termos e a modelagem do novo parque público, uma vez que ele ocuparia área da União.

O Parque do Porto visa consolidar a revitalização da Zona Portuária e devolver a frente marítima da Baía de Guanabara à cidade, um processo que começou com a derrubada do Elevado da Perimetral. O parque prevê o aproveitamento dos armazéns portuários com atividades culturais e gastronômicas, entre outras, criando todo um grande espaço urbano de convívio numa região do Rio que começa a consolidar sua ocupação urbana, com procura de futuros novos moradores pelos empreendimentos imobiliários que estão sendo construídos.

A criação de um novo píer para navios de turismo e a transferência da área alfandegada dos armazéns para este novo píer permitiria a ocupação dos antigos galpões com atividades comerciais. O objetivo é permitir a abertura da área do cais à circulação, como aconteceu entre a Praça Mauá e a Praça Quinze, onde o projeto Porto Maravilha revitalizou a orla e ela pode ser percorrida pela população.

A ideia da Prefeitura é que o Parque do Porto seja construído em duas etapas, sendo que a primeira delas, no trecho da Praça Mauá até a altura do Armazém 7 do porto (perto do AquaRio), com licitação e início de obras previstos para até o final de 2024.

Museu

Numa segunda etapa, o Parque do Porto aproveitaria ainda o potencial das Ilhas de Santa Bárbara e da Pompeba, que ficam localizadas nesta região da Baía de Guanabara, e seriam agregadas à nova área pública. Esta segunda etapa demanda negociações mais amplas, uma vez que as ilhas da Baía de Guanabara pertencem à União.

A Prefeitura do Rio negocia com o governo federal a cessão delas para o projeto. Elas seriam recuperadas ambientalmente e absorvidas pelo conceito do Parque do Porto. Uma das ideias que está em discussão é a criação de um museu a céu aberto para esculturas e obras monumentais na Ilha da Pompeba, uma espécie de Inhotim carioca, que seria visitada por um serviço de barcos saindo do cais.

“O projeto inicial está bem avançado. É óbvio que ajustes terão que ser feitos para compatibilizar a operação portuária. O porto do Rio é muito importante para a cidade sob todos os aspectos. Vamos fazer tudo negociado, como fizemos com o Porto Maravilha”, disse o prefeito.

Desde 2021, o Porto Maravilha vive um momento de grandes lançamentos imobiliários para novos residenciais que estão transformando sua paisagem urbana. A partir de meados de 2024, os primeiros novos moradores destes empreendimentos chegarão em suas casas, iniciando um processo de adensamento da região que passará a ter mais serviços e mais vida 24h. Até hoje, foram lançadas 9.129 unidades habitacionais. Isso representa mais de 27 mil pessoas a mais morando no Porto – um aumento de 90% da população atual da Zona Portuária.

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