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ARRECADAÇÃO

Câmara discute novos recursos para os municípios

Proposta do senador Raimundo Lira (PSD-PB) estabelece um adicional de 1% ao Fundo de Participação dos Municípios para reforçar o caixa das prefeituras no mês de setembro

01 de nov de 2018

O senador Raimundo Lira

Edição: Scriptum

Foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara aprovou, na quarta-feira (31), a admissibilidade da proposta do senador Raimundo Lira (PSD-PB) que acrescenta, na distribuição de recursos da União provenientes da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados, 1% ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), a ser entregue no mês de setembro de cada ano.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 391/17 estabelece que esses recursos sejam destinados ao FPM de forma escalonada, sendo 0,25% no primeiro ano, 0,5% no segundo, e 1% a partir do terceiro. Hoje, a Constituição Federal já estabelece que o governo repasse, desses recursos, 22,5% aos municípios por ano, mais 1% em julho e 1% em dezembro.

O relator da proposta na CCJ, deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA), recomendou o voto favorável. Segundo ele, é preciso reconhecer “que o mês de setembro é historicamente um dos piores meses nas arrecadações dos municípios. E o repasse será feito não de uma forma abrupta, mas escalonada.”

A CCJ retomou a análise de propostas de emenda à Constituição (PECs) nesta quarta. Essas votações estavam paradas na comissão, por acordo dos integrantes, até que fossem votados recursos apresentados contra a decisão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de permitir a análise dessas propostas na CCJ e nas comissões especiais mesmo durante a vigência da intervenção federal no Rio de Janeiro.

A Constituição Federal prevê que emendas constitucionais não podem ser avaliadas pelo Congresso na vigência de intervenção, mas a interpretação do presidente da Câmara foi no sentido de impedir a votação apenas no Plenário.

Como não houve acordo para analisar os recursos à decisão de Maia, o presidente da CCJ, deputado Daniel Vilela (MDB-GO), acabou retomando a análise de PECs.

A PEC 391/17 terá que ser avaliada em comissão especial, antes de seguir para votação no Plenário da Câmara.

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