O prefeito Alexandre Kalil: “Belo Horizonte optou pelo certo, pela ciência, pela tecnologia, matemática.”
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciou esta semana um endurecimento das medidas adotadas na cidade para conter a propagação do novo coronavírus, a exemplo do uso obrigatório de máscaras pela população, a partir de sexta-feira (17). “Nada vai desviar o propósito de Belo Horizonte de não virar Milão. Eu prefiro 10 mil desempregados que 50 mil mortos”, afirmou Kalil em coletiva de imprensa na tarde de terça-feira (14).
O prefeito reafirmou que as medidas de isolamento social têm surtido efeito na capital mineira e que contará cada vez mais com apoio da Guarda Civil de BH e também da Polícia Militar para impedir aglomeração de pessoas. “A respeito de prefeituras que simplesmente escrevem e não fiscalizam, estamos contando com a Polícia Militar de Minas Gerais para nos informar onde o contágio está disseminado. Do mesmo jeito que a flexibilização do interior nos incomoda, temos que humildemente seguir o exemplo do que está acontecendo na Grande BH”, disse Kalil.
De acordo com o prefeito, o plano de flexibilização vai seguir o protocolo internacional. Ele reafirmou que as medidas não são decididas pelo prefeito, e sim por uma comissão de enfrentamento à doença. “Belo Horizonte optou pelo certo, pela ciência, pela tecnologia, matemática. E desse propósito BH não vai sair. Não vai adiantar pressão”, disse Kalil.
A gestão do prefeito anunciou também que BH terá mais 1.518 leitos de enfermaria e 688 de UTI adulto para atendimento aos casos suspeitos da Covid-19 nos próximos 30 dias. Deste total, já foram disponibilizados nos últimos dias 465 leitos (309 de enfermaria e 156 de UTI adulto) na estrutura hospitalar existente, distribuídos em 15 hospitais da capital.
De imediato, serão ainda disponibilizados outros 595 leitos de enfermaria e 249 leitos de UTI adulto nos hospitais da rede. O restante estará em funcionamento em até 30 dias.
Atualmente, Belo Horizonte conta com 10.546 leitos hospitalares, sendo 6.052 (57%) leitos destinados ao SUS. São 3.218 leitos clínicos de enfermaria, sendo 1.945 na rede SUS e 1.273 na rede particular. Em relação aos leitos de UTI adulto, são 1.070 no total, sendo 600 na rede SUS e 470 na rede particular.
Em relação aos leitos de UTI adulto, 283 unidades necessitam de equipamentos e habilitação específica, que serão imediatamente solicitados ao Ministério da Saúde, nas regras de portarias publicadas. Com isso, serão disponibilizados, no total, mais 688 leitos de UTI adulto para internação dos casos mais graves da doença na rede SUS BH.
Para crianças e adolescentes, já foram disponibilizados 56 leitos de enfermaria obstétrica e 39 leitos de enfermaria pediátrica para atendimento aos casos de Covid-19. Serão abertos, ainda, 15 leitos de cada uma dessas clínicas na capital, somando 71 leitos de obstetrícia e 54 leitos de pediatria exclusivos na rede SUS BH. Além disso, foram já disponibilizados 12 leitos de UTI neonatal e 20 leitos de UTI pediátrica, para atendimento de eventuais casos graves nesse perfil de pacientes na rede pública de saúde.