O prefeito Jairo Jorge defendeu o envolvimento de todos no enfrentamento das questões climáticas.
O debate sobre o clima precisa ser feito com urgência e seriedade, transformando ideias em ações. A afirmação é do prefeito Jairo Jorge (PSD), de Canoas – município da região metropolitana de Porto Alegre – que participou na semana passada, por videoconferência, do seminário “Fechando o Ciclo de Ambição com a Corrida ao Zero no Brasil”, onde defendeu o envolvimento de todos no enfrentamento das questões climáticas.
De acordo com ele, “esse é um compromisso da geração atual com a geração futura. Precisamos avançar do campo das ideias e transformar nossas expectativas em ações práticas para promovermos a sustentabilidade”.
Canoas e São Leopoldo são os únicos municípios gaúchos que aderiram à campanha Race to Zero, agenda global promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), que tem a meta de zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050. Entre as autoridades convidadas, participaram do evento – que antecede a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021, a COP 26, que acontecerá em novembro, na Escócia – o presidente da COP 26, o britânico Alok Sharma, e os governadores Flávio Dino (Maranhão), Helder Barbalho (Pará), João Doria (São Paulo), Ratinho Junior (Paraná), Renato Casagrande (Espírito Santo) e Romeu Zema (Minas Gerais).
Relatório da ONU
Relatório lançado esta semana pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) prevê que o aumento da temperatura global em relação aos níveis pré-Revolução Industrial pode chegar ao patamar de 1,5 grau Celsius já na próxima década. Cientistas reivindicam que a marca não seja ultrapassada até o final do século, diante de riscos como a falência de ecossistemas e o prejuízo à saúde da humanidade.
A fórmula para conter o aquecimento global a 1,5 grau Celsius, retratada no cenário mais otimista do relatório, exige reduzir pela metade a liberação de poluentes à atmosfera até 2030, zerando as emissões 20 anos depois. Os países também devem se comprometer com metas mais ambiciosas no Acordo de Paris — as atuais dificilmente impedirão que a temperatura global suba, no mínimo, 2,9 graus Celsius, de acordo com análise científica da organização Climate Action Tracker.