O prefeito Alexandre Kalil visita Centro de Tecnologia em Vacinas da UFMG
Já a partir do próximo ano, Minas Gerais poderá contar com uma vacina produzida localmente para enfrentar a covid-19, mas, para isso, precisa de recursos de todas as instâncias de governo. O alerta foi feito na quinta-feira (5) pelo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), durante visita ao Centro de Tecnologia em Vacinas da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) para conhecer o processo de pesquisa do imunizante contra Covid-19, chamado SpiNTec. Os estudos contam com o investimento de R$ 30 milhões da Prefeitura de BH.
O prefeito visitou as instalações do CT Vacinas ao lado do secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, e da secretária de Educação, Ângela Dalbem, a convite da reitoria da UFMG. “A nossa ajuda foi pequena. Precisamos, e muito, da ajuda do governo federal nesta terceira fase”, afirmou o prefeito.
Para que o projeto seja concluído, lembrou Kalil, o governo federal precisará contribuir com grande verba, o que possibilitará a chegada do produto ao mercado, prevista para 2022. “Temos que avisar a todos que saúde é dinheiro, não é papel. É investimento, custa caro. Tecnologia e desenvolvimento custam caro”, completou.
De acordo com ele, “o passo grande agora é que os senadores, a bancada federal, Prefeitura de Belo Horizonte e governo de Minas fiquem em cima do governo federal para que isso aqui não seja abandonado”.
Segundo Kalil, o sucesso da pesquisa pode tornar o Estado um dos protagonistas na imunização do país. “Estamos investindo porque há uma esperança muito grande de que essa vacina seja realmente uma que ponha Belo Horizonte e Minas Gerais na ponta de vacinação no Brasil”, garantiu.
A reitora da universidade, Sandra Regina Goulart Almeida, celebrou o empenho dos pesquisadores mesmo em um cenário desfavorável e com pouco investimento. “Esse projeto começou em março do ano passado, com apoio do Ministério de Ciências e Tecnologia, e floresceu diante do trabalho incansável da equipe”.
A reitora lembrou ainda que existe um plano para criação de um Centro Nacional de Vacinas. “Estamos contando com o apoio do Ministério, do governo de Minas e da Prefeitura de Belo Horizonte. Somos um patrimônio da nossa cidade, do Estado e País. Estamos aqui para atender a sociedade”, concluiu.