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Rogério Rosso: Eleitores do DF aprovaram o trabalho do PSD

Em entrevista, deputado federal eleito fala sobre o papel do PSD e dos planos para os próximos anos.

06 de nov de 2014

Rogério Rosso: "O que mais interessa é que a população tenha um governo eficiente"

Além do vice-governador Renato Santana, o PSD do Distrito Federal elegeu também, em outubro último, o deputado federal Rogério Rosso, presidente do diretório regional do partido que exerceu por 10 meses, em 2010, o cargo de governador do DF. Com base nessa experiência e em sua ativa participação na campanha do recém-eleito governador Rodrigo Rollemberg (PSB), Rosso deverá ser um dos homens fortes do governo que terá início em janeiro de 2015.

Ele participa pessoalmente da transição para o novo governo e, em entrevista ao Jornal de Brasília, garantiu que o partido não negociou cargos. Sua preocupação é com as questões técnicas da transição. “Para o PSD, que está com Rollemberg desde o início da aliança, o que mais  interessa é que a população tenha um governo eficiente”, garante.

Eleito deputado federal com 93.653 votos, Rosso garante: tomará posse do cargo e cumprirá seu mandato para concretizar projetos com os quais sonha já há alguns anos. 

Veja a seguir alguns trechos da entrevista (texto completo aqui): 

O senhor foi eleito deputado federal e o partido elegeu o vice-governador do DF. Uma vitória como essa é um reconhecimento do seu trabalho?

É fruto de um trabalho não apenas meu, mas do PSD, que foi fundado em setembro de 2011. Ficamos, durante esses três anos, organizando e construindo o partido, estudando os problemas da cidade. Lançamos, antes das eleições, um programa de propostas. Claro que é o reconhecimento da população  desse trabalho feito pelo PSD, por um grupo, que enfrentou com seriedade e transparência, os problemas da cidade, propondo soluções.

Qual será a participação do PSD no governo Rollemberg?

Ainda em 2013, muitos meses antes da formalização da  aliança, nosso partido já conversava com o Rodrigo Rollemberg e, em nenhum momento, se discutiu participação no governo. Foi uma construção em cima de propostas. Inclusive o PSD se sentiu confortável de estar nessa aliança com PSB, PDT e SD em razão de a equipe ter discutido um programa comum. Entendemos que o governo precisa funcionar como um todo. A responsabilidade do PSD não é em uma área, mas em todo o governo. A transição não é o momento que  tem que se falar em divisão de áreas. Este é o momento de se entender  como está o governo. Depois, é hora da adequação técnica.

Na condição de membro do Congresso e com influência no governo local, como o senhor pretende implementar suas propostas para o Entorno?

Não é uma novidade para o governador eleito a questão do Entorno. Ele sabe que se não for enfrentada de uma forma responsável, direta e urgente, essa configuração metropolitana do DF tende a ficar cada vez mais difícil. Na medida em que o DF tem um crescimento populacional equilibrado nos últimos anos, percebemos que em algumas cidades do Entorno tem sido quatro, cinco vezes maior. Isso significa que o DF não tem nenhuma jurisdição sobre a ocupação do território da região do Entorno, porém essas cidades vivem social e economicamente em razão do DF. Devemos chamar atenção do Congresso Nacional para essa questão e enfrentar esse tema também no DF. O Rodrigo está disposto a fazê-lo, estando à frente dessa condução tripartite, com  Goiás e a União, para o desenvolvimento da região. Juscelino Kubitschek, quando criou Brasília, na lei que remeteu ao Congresso, no Artigo 28, já previa o Entorno. Já se previa, em 1957, que existira um aglomerado urbano.

O PSD vem forte para as próximas eleições, considerando que o Entorno terá eleição em 2016?

Não tenha  dúvida disso. Nossa primeira prova de fogo foi em 2012 e o PSD foi o partido que mais fez prefeitos nos municípios da Região Integrada de Desenvolvimento (Ride). Conseguimos prefeituras importantes  – como Formosa, Luziânia, Cristalina e Vila Boa -, de  cidades cuja população representa 40% dos que moram na região. Com essa nossa linha estratégica de metropolinização do DF, queremos ter presença forte nessa região.

O PSD vai participar da equipe de transição para o novo governo?

Participa. As coisas ainda estão acontecendo, mas existe um conselho político dos partidos – não só os originais, mas os que manifestaram apoio. E eu acho que a gente tem que olhar para a frente e Brasília enfrenta problemas gravíssimos. Tem que acabar com essa história de que o governo não pode receber apoios outros que não os originais. Pelo contrário. Eu acho que quem quiser contribuir e puder contribuir, é tudo válido. O PSD participa da transição tanto no aspecto técnico quanto político. Mas sem nenhuma discussão de áreas. O momento é de concentrar na questão técnica.

O senhor vai participar pessoalmente desse conselho?

Faço questão de participar pessoalmente. Para o PSD, que está desde o início da aliança, o que mais  interessa é que a população tenha um governo eficiente. E a transição é essencial para isso.

O senhor acha que a participação do PSD no governo Dilma deve ser maior do que é hoje?

(Gilberto) Kassab (fundador do PSD) é reconhecido como um homem de palavra. Ele fez um compromisso com a presidente Dilma, no ano passado, e definiu o apoio no plano nacional. Ao longo do processo de construção de alianças no âmbito nacional, o partido foi procurado por outros candidatos, inclusive pelo senador Aécio Neves (PSDB), e o Kassab foi firme e manteve o apoio. Portanto, dada a característica que percebemos da presidente, não tenho dúvida de que o PSD tenha outra participação.

O senhor  tem expectativa de assumir alguma secretaria no governo Rollemberg?

Fui eleito para ser deputado federal e tenho, há alguns anos, muitos projetos que gostaria de apresentar para fazer a minha parte.

Qual dele será sua prioridade?

Têm vários, mas destaco a questão da desoneração em todo o processo do setor produtivo e as propostas para o Entorno do DF.

        

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