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SEGURANÇA

Senado rejeita volta dos extintores aos carros

Presidida pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), a Comissão de Assuntos Econômicos rejeitou proposta que altera o Código de Trânsito e torna obrigatório o extintor de incêndio em veículos

28 de maio de 2019

Omar Aziz presidiu reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado

Edição: Scriptum

Presidida pelo senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado rejeitou nesta terça-feira (28) proposta que altera o Código de Trânsito Brasileiro para incluir o extintor com carga de pó ABC na lista de itens obrigatórios dos veículos. A obrigatoriedade do equipamento já havia sido derrubada em setembro de 2015 pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que o considerou desnecessário diante da evolução tecnológica da indústria automobilística.

O senador Styvenson Valentim (Pode-RN), relator da proposta de retorno da obrigatoriedade apresentada no Congresso em 2017, enfatizou a existência de inovações que apontam para a redução do número de incêndios, apesar do aumento da frota. É o caso do corte automático do combustível em caso de colisão, localização do tanque de combustível e uso de materiais e revestimentos com mais resistência ao fogo.

Para ele, “não existe nada que comprove a eficácia da obrigatoriedade do uso do extintor. O fato de ser R$ 70, R$ 100 ou R$ 20 nem é o caso. Não existem estatísticas, como o cinto de segurança, o airbag e o encosto de cabeça, que têm eficácia comprovada. Além disso, é facultativo. Quem quiser pode ter em seu carro. Ele não está proibido”.

Styvenson disse ainda que é mais seguro que motoristas e passageiros abandonem o veículo em chamas e demandem ajuda especializada, como do Corpo de Bombeiros, em vez de tentar debelar o incêndio por conta própria, com os riscos que tal prática poderá trazer, tanto para os usuários quanto para aqueles que estão nas proximidades do fogo.

A senadora Kátia Abreu (PDT-TO) concordou com os argumentos do relator e destacou que, caso a lei seja aprovada, uma consequência natural de mercado será a elevação do preço dos equipamentos.

Além disso, ela disse que não recebeu nenhuma demanda da população de Tocantins sobre o assunto. “Só fui procurada por vendedores de extintor de incêndio. Eu não vi nenhuma reportagem sobre o tema, não recebi ninguém do Corpo de Bombeiros, não recebi representante da indústria automotiva ou alguma demanda da população do Tocantins […] Por que vamos obrigar algo que especialistas estão dizendo que pode ser voluntário? Por que contrariar a lógica técnica disso? Todo cidadão que tem o carro tem a consciência do perigo e tem o direito de decidir se quer ou não carregar um extintor”.

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