Este ano, Sergipe registrou um aumento de 61,9% dos doadores de órgãos no Estado
Edição Scriptum com Agência Sergipe de Notícias
A gestão do governador de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD), lança na quarta-feira (4) a Campanha Setembro Verde, cujo objetivo é conscientizar a sociedade sobre a importância da doação de órgãos e conquistar novas adesões à causa. A campanha é realizada em todo o País e este ano tem como tema ‘Seja o sim na vida de alguém! Diga sim à doação de órgãos e tecidos’.
Em Sergipe, a campanha está a cargo da Secretaria Estadual da Saúde (SES), por meio da Central Estadual de Transplantes, que, em 2024, registrou um aumento de 61,9% dos doadores de órgãos no Estado. Somente de janeiro a julho deste ano, foram registrados 34 doadores, enquanto no mesmo período do ano passado houve um registro de 21 doadores.
Em relação ao transplante de córnea, de janeiro a agosto de 2023, foram realizados 107 transplantes. No mesmo período de 2024, foram realizados 165, o que corresponde a um aumento de 54,2% no número de transplantes de córnea no Estado.
De acordo com o coordenador da Central de Transplantes em Sergipe, Benito Oliveira Fernandez, apesar do aumento, é necessário impulsionar ainda mais esse movimento para que se alcance a quantidade de pessoas que precisam de transplantes. “Precisamos aumentar cada vez mais o número de doadores, para potencializar os transplantes, que só acontecem se houver a doação. Este é um mês em que intensificamos nossas atividades no sentido de mobilizar a sociedade para a questão da doação de órgãos. É preciso despertar essa consciência de que podemos dar a oportunidade de vida para outras pessoas, quando chegar a hora da nossa partida”, disse Benito.
A campanha Setembro Verde é uma mobilização nacional instituída pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (Abto) que visa estimular as doações de órgãos e tecidos para potencializar os transplantes e promover melhor qualidade de vida para quem precisa de órgão ou tecido sadio.
Doadores
Segundo a coordenadora da Organização de Procura de Órgãos (OPO), Darcyana Lisboa, atualmente, para que o paciente seja doador, ele precisa expressar, ainda em vida, a sua vontade para os seus familiares. “É importante destacar que, embora algumas pessoas tenham documentado esse desejo na própria carteira de identidade, hoje, para doação, isso ainda não tem valor legal. Quem autoriza a captação é a própria família. Por isso, é importante que a pessoa comunique sempre aos seus entes queridos sobre o desejo de ser um doador”, explicou Darcyana.