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Senado votará indicação de Galípolo após as eleições

Rodrigo Pacheco (PSD-MG) anunciou que a votação da indicação do novo presidente do Banco Central ocorrerá no dia 8 de outubro

05 de set de 2024

O senador Rodrigo Pacheco: “Gabriel Galípolo terá a oportunidade de estar com todos os senadores para apresentar o seu pensamento sobre a política monetária”

Edição Scriptum com Agência Senado

A indicação do economista Gabriel Galípolo, escolhido pelo presidente da República para o cargo de presidente do Banco Central, será votada pelo Senado no dia 8 de outubro, após as eleições municipais. O anúncio foi feito na quarta-feira (4) pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que solicitou ao senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que agende a sabatina do indicado no colegiado antes de 8 de outubro.

“Quero destacar o nosso reconhecimento sobre a boa qualidade do indicado, o qual conviveu conosco aqui, inclusive em discussões relevantes como a da reforma tributária. E, naturalmente, nesse tempo, Gabriel Galípolo terá a oportunidade de estar com todos os senadores e senadoras para apresentar o seu pensamento sobre a política monetária, os seus pensamentos para o Banco Central”, explicou Pacheco.

A sabatina a ser realizada pelo Comissão de Assuntos Econômicos poderá ser acompanhada pela TV Senado e será interativa: os cidadãos podem enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal e‑Cidadania, que podem ser lidos e respondidos pelos senadores e debatedores ao vivo.

Novo presidente

A mensagem que indica Gabriel Galípolo para a presidência do BC foi encaminhada ao Senado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na segunda-feira (2). Galípolo vai substituir Roberto Campos Neto, que tem mandato até o fim de 2024.

De acordo com o art. 52 da Constituição Federal, toda indicação para a diretoria do BC precisa passar pelo Senado, com sabatina e votação na CAE e, em seguida, votação no Plenário. As votações são secretas.

Galípolo é o atual diretor de Política Monetária do Banco Central. Ele foi sabatinado na CAE e sua indicação foi confirmada no Plenário do Senado em julho de 2023. Galípolo também foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda no início da gestão do ministro Fernando Haddad.

Roberto Campos Neto tomou posse em 2019, no início do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante a sua gestão, a lei da autonomia do Banco Central, que teve origem em projeto do senador Plínio Valério (PSDB-AM), entrou em vigor (Lei Complementar 179, de 2021), garantindo mandatos de quatro anos para presidente e diretores do órgão.

Já no governo Lula, Campos Neto recebeu críticas pela prática de juros elevados, que estariam travando, de acordo com seus críticos, entre eles o presidente da República, a reindustrialização do país e a retomada do crescimento econômico.

No Senado tramita uma proposta de alteração constitucional que trata da autonomia financeira e orçamentária do BC (PEC 65/2023), que seria transformado em empresa pública, com ainda mais independência do Executivo. A PEC tem o senador Vanderlan Cardoso como primeiro signatário.

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