Rodrigo Pacheco (à dir) e o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö: “Empresas finlandesas têm nos setores de energia oportunidades excelentes para investir aqui”
Edição Scriptum com Agência Senado
As oportunidades para empresas finlandesas investirem em energia limpa no Brasil foram discutidas na quinta-feira (1) entre o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö. Durante o encontro, Pacheco expôs a Niinistö a atuação do Parlamento, nos últimos anos, em reformas para tornar o Brasil mais atraente aos investimentos estrangeiros.
O presidente do Congresso destacou na conversa a reforma da Previdência, que a seu ver possibilitou um horizonte de higidez fiscal para o Brasil, que agora tem chance de se consolidar com o novo regime fiscal proposto pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Rodrigo Pacheco também destacou que mais de 60 empresas finlandesas têm investimentos na economia brasileira, empregando mais de 15 mil trabalhadores. O horizonte fiscal positivo e o ambiente facilitado para investimentos podem ser atrativos para mais investimentos de empresas finlandesas em energia renovável, disse Pacheco.
“Trabalhamos também num novo marco para o setor energético, sendo que 90% de nossa matriz já é renovável. Empresas finlandesas têm nos setores de energia hidrelétrica, solar, eólica e de biomassa oportunidades excelentes para investir aqui, como por exemplo na região Nordeste”, observou o senador.
O presidente finlandês falou sobre a forte atuação das multinacionais finlandesas no Brasil. Segundo ele, o incremento destes investimentos é um dos focos de sua visita ao país.
Guerra na Ucrânia
O presidente do Senado ressaltou ao presidente finlandês o repúdio do Congresso Nacional à invasão da Ucrânia pela Rússia. Pacheco chamou o conflito de “guerra insana”, com trágicas consequências ao povo ucraniano e às nações vizinhas.
Niinistö concordou e explicou que o fato de a Finlândia fazer fronteira com a Rússia tornou “inevitável” sua entrada na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A Finlândia, que tinha um histórico de neutralidade, formalizou seu pedido para ingressar na Otan após a Rússia invadir a Ucrânia, e o processo de adesão foi finalizado em abril. Niinistö também disse que seu país tem atuado diplomaticamente para que o conflito entre Rússia e Ucrânia chegue a uma “paz justa, com as condições ucranianas”.