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Ciência e inovação podem ajudar o país a superar a crise

Para o ministro Gilberto Kassab, Brasil precisa investir em atividades de pesquisa para acelerar a recuperação econômica. Ele participou, em São Paulo, do Fórum Mitos e Fatos, promovido pela Jovem Pan

24/04/2017

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O ministro Kassab: “O governo vem garantir recursos, como por exemplo com a implementação de parques tecnológicos e o apoio ao empreendedorismo”

 

Os países mais desenvolvidos têm aportes consistentes em inovação e o Brasil deveria seguir esse exemplo. A afirmação é do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, que participou nesta segunda-feira (24), em São Paulo, do Fórum Mitos e Fatos, organizado pela rádio Jovem Pan.

O ministro defendeu a importância de garantir recursos para atividades de ciência, tecnologia e inovação para o país superar a crise. “A questão do financiamento é um aspecto muito importante. Não se faz ciência, pesquisa ou inovação se não tiver financiamento público ou privado, e o poder público promover a articulação para que a iniciativa privada possa atuar”, afirmou. Para ele, “o governo vem buscando isso, por exemplo, com a implementação de parques tecnológicos e o apoio ao empreendedorismo, dando suporte a startups“, completou.

O ministro também destacou o papel do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) para levar banda larga para todo o território nacional. O equipamento, um investimento de R$ 2,7 bilhões, é uma parceria entre o MCTIC e o Ministério da Defesa. Com ele, cidadãos, unidades de saúde, escolas e instituições de ensino de todo o país vão ter acesso à internet. O ministro ressaltou que o SGDC também vai contribuir para o desenvolvimento econômico brasileiro, por exemplo, ajudando a expandir o agronegócio no interior do país.

O Satélite Geoestacionário será lançado a partir do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa. A ida do artefato à órbita foi adiada por causa de greve geral que afetou o território francês vizinho ao Brasil.

“É incrível o Brasil lançar um satélite por conta de prover banda larga nas escolas, já mais da metade das unidades ainda não têm acesso à internet”, afirmou o diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, Fábio Steibel, que participou do debate junto com o ministro Kassab.

Também estiveram no painel a embaixadora de Singapura no Brasil, Siew Fei Chin; o diretor de Soluções Digitais da Embratel, Daniel Rachid; e o diretor do Uber Brasil, Daniel Magabeira.

Internet das Coisas

Gilberto Kassab reforçou o compromisso do Brasil em apoiar o desenvolvimento de tecnologias de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês). O MCTIC, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), encomendou um estudo que servirá de base para a construção do Plano Nacional de IoT, que deve ser lançado em setembro. O documento vai nortear ações e políticas públicas para o setor até 2022.

“A Internet das Coisas é a bola da vez, uma grande conquista da tecnologia. E o governo está se preparando para o tema, por meio do Plano Nacional de Internet das Coisas. É um setor com grande vinculação com as pessoas e as cidades”, disse o ministro.

Ele também lembrou projetos em desenvolvimento no âmbito do MCTIC, um exemplo é a tecnologia 5G, que será desenvolvida por meio de uma parceria entre o Brasil e países da União Europeia. “As cidades e as pessoas são impactadas pela tecnologia, e estamos trabalhando para criar os instrumentos para que ela possa beneficiar a sociedade.”

Patentes

Kassab defendeu o aperfeiçoamento do processo de concessão de patentes relacionadas a tecnologia. “O Brasil ocupa o 83º lugar entre os países com melhor ambiente para os negócios, e isso deve ser enfrentado com debates e iniciativas para simplificar a evolução dos serviços públicos”, disse.

As primeiras ações nesse sentido já estão sendo tomadas. O MCTIC participa da construção de um plano diretor no âmbito do governo federal para aprimorar o processo de aprovação de patentes de soluções tecnológicas. Também estão no grupo a Casa Civil e o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

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