Colombo defende urgência em reforma política nacional

Para o governador de Santa Catarina, "a reforma política é a mãe de todas as reformas. Chegamos a um momento em que se faz as correções necessárias ou entramos em colapso”.

16/05/2016

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Colombo na ACSP

“Chegamos a um momento em que se faz as correções necessárias ou entramos em colapso”, disse o governador de SC.

 

Em palestra no Conselho Político e Social da Associação Comercial de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (16), o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD) defendeu a necessidade de que o novo Governo Federal promova em caráter urgente a reforma política necessária. “A reforma política é a mãe de todas as reformas. Chegamos a um momento em que se faz as correções necessárias ou entramos em colapso. O cenário brasileiro exige medidas duras”, afirmou, citando sua preocupação também com questões econômicas como a reforma da previdência nacional e a renegociação das dívidas dos Estados com a União.

Colombo destacou a importância de avançar o debate em torno da renegociação da dívida, que será tema de encontro entre governadores nesta terça-feira (17), no Rio de Janeiro. O Governo de Santa Catarina está questionando, por meio de mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF), os cálculos do Governo Federal na cobrança da dívida pública. Em sessão no dia 27 de abril, os ministros do STF começaram a avaliar o pedido, mas decidiram adiar por 60 dias o julgamento para tentar que as partes apresentem uma nova proposta em comum, mantendo durante este período as liminares já concedidas.

O evento no Rio de Janeiro será na sede do BNDES e contará com a presença de Colombo e dos governadores de São Paulo, Geraldo Alkmin; de Minas Gerais, Fernando Pimentel; do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori; de Alagoas, Renan Calheiros Filho e do governador em exercício do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles.

O tema ganha ainda mais importância diante do cenário de baixa arrecadação. Santa Catarina registrou queda de arrecadação de 6% no primeiro quadrimestre de 2016 em comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado leva em conta um crescimento de 3,3% (Receita Líquida Disponível) e uma inflação acumulada de 9,28%. O pior resultado foi em abril, queda de 8,6%. Para 2016, a Fazenda trabalha com projeção de crescimento de apenas 1% sobre o ano passado.

“A situação dos Estados é muito grave. Alguns já estão atrasando salários e pagamentos e há risco de colapso nos serviços públicos. E não existe federação se o ente mais forte não ajuda os mais fracos, o governo federal precisa ser solidário. Em Santa Catarina ainda estamos conseguindo resistir e manter nossas contas equilibradas. Mas é preciso construir uma proposta comum para que estados não quebrem”, acrescentou o governador. Colombo ressaltou, ainda, o compromisso do governo catarinense de não aumentar impostos, mesmo diante da queda de arrecadação. “Não podemos ir por esse caminho de aumentar impostos, essa é a opção errada. Santa Catarina não fez isso e nem fará”, defendeu.

ACSP

Fundada em 1894, a Associação Comercial de São Paulo representa desde comércios familiares a grandes indústrias. São mais de 30 mil empreendedores que contam com o apoio da associação na defesa de seus interesses junto à sociedade e ao governo e na prestação de serviços exclusivos com o objetivo de facilitar o dia a dia do empreendedor.

O presidente da ACSP, Alencar Burti, defendeu a importância da união entre empresários e lideranças políticas. “Temos que agir pensando no país e não só nos interesses quer sejam partidários ou econômicos”, afirmou. O evento desta segunda em São Paulo foi coordenado pelo ex-senador Jorge Konder Bornhausen

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