CÂMARA

Junji Abe volta a integrar Frente Parlamentar Agropecuária

Deputado federal do PSD retomou atividades em Brasília e aderiu ao colegiado que trata do setor ao qual é ligado há mais de 40 anos

15/03/2018

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Junji Abe: “Basta vontade política para compatibilizar a preservação ambiental com a sobrevivência da atividade agrícola”

 

Edição: Scriptum

 

O deputado federal Junji Abe (PSD-SP) já é membro efetivo da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) da Câmara Federal, constituída em 2008 com a finalidade de tratar de temas ligados ao setor. Com a assinatura do termo de adesão ao colegiado, ele reedita uma das primeiras decisões que tomou ao estrear na Casa, em 2011. O pessedista, que era suplente, assumir o mandato em fevereiro.

O perfil de produtor e empresário rural, com mais de 40 anos na liderança de entidades agrícolas, além de produtiva atuação em defesa do agronegócio paulista ao longo dos quatro anos em que permaneceu no legislativo federal são, entre outros fatos, evidências do seu conhecimento e relação com o setor, que justificaram o convite para que voltasse a fazer parte do grupo.

A defesa de políticas públicas para atender as necessidades dos míni, pequenos e médios produtores rurais, que cultivam itens destinados ao mercado interno, mantém-se como principal meta de Junji, na condição de integrante da FPA, presidida pela deputada Tereza Cristina (DEM-MS).

“A caótica situação do setor, vitimado por anos de descaso governamental, requer sensibilidade e medidas acertadas para resgatar a força e a capacidade de expansão da agricultura, principal sustentáculo da economia brasileira”, observa Junji. O deputado reafirmou que “basta vontade política para compatibilizar a preservação ambiental com a sobrevivência” da atividade agrícola.

De acordo com o parlamentar, o setor agrícola sofre o abandono de décadas a fio, em boa parte, por causa da própria dificuldade da classe em se organizar, formar lideranças e atuar unida em torno de interesses comuns. Cabe ao governo, entende Junji, implantar políticas voltadas aos pequenos e médios produtores, que se dedicam ao cultivo de itens destinados ao mercado interno. “Falo de quem produz feijão, verduras, legumes, tubérculos, frutas e outros alimentos para atender o consumidor brasileiro”, esclareceu.

Trata-se de uma “categoria heroica”, como definiu o parlamentar, acrescentando: “Sobrevive a duras penas num cenário de impostos aviltantes, câmbio desfavorável, juros extorsivos nas compras financiadas, sem acesso a crédito para custeio da produção nem seguro rural, carente de assistência técnica, vítima da infraestrutura deficiente – ferrovias inexistentes ou subutilizadas, portos obsoletos, caríssimo transporte rodoviário nas estradas em péssimo estado – e órfãos na comercialização haja vista o sucateamento da Ceagesp (Central de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo) – e o desaparecimento das cooperativas agrícolas, entre outros entraves”.

Não bastasse, o Brasil corre o risco de tornar um dos maiores importadores de produtos hoje cultivados para consumo interno, porque olerícolas (verduras, legumes, frutas, tubérculos e bulbos) e itens como o feijão não recebem o tratamento adequado por parte do governo. “O objetivo é que este setor, um dia, seja tão respeitado e valorizado como o sucroalcooleiro, citricultura, grãos e outros que geram commodities. É sabido que quando o campo vai bem, a cidade vai bem”, completou. Conhecedores do histórico de luta de Junji, os ruralistas comemoram seu retorno à Casa.

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