Futurecom

Kassab: novas tecnologias elevam competitividade do país

Para o ministro, projetos como a telefonia de quinta geração (5G) e o Plano de Internet das Coisas demonstram que o Brasil trabalha para evoluir e ganhar competitividade no mundo

03/10/2017

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O ministro Gilberto Kassab ao lado do Presidente da República, Michael Temer, e do ministro Henrique Meirelles na cerimônia de abertura do Futurecom 2017.

 

A telefonia de quinta geração (5G) e o Plano de Internet das Coisas demonstram que o Brasil se prepara para a evolução em igualdade com outros mercados e para a competitividade global. A afirmação é do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, que participou nesta segunda-feira (2) , ao lado do presidente Michel Temer e do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em São Paulo, da abertura do Futurecom, evento que reúne representantes do governo, operadoras e provedores de internet e especialistas.

O ministro ressaltou que a pasta desenvolve projetos como a tecnologia 5G em sintonia com outros países e a expectativa é que a tecnologia seja implementada simultaneamente no Brasil e nos países da Europa. Outro destaque é o estudo para o Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), apresentado no Futurecom nesta terça-feira (3).

Segundo Kassab, a participação do presidente Michel Temer na abertura do evento, é “uma segurança de como o governo considera prioritário o setor de tecnologia”. Lembrou a interface entre os setores de comunicações e tecnologia, citando como exemplo o desligamento do sinal analógico de TV, que permite o aperfeiçoamento do setor de telecomunicações.

Ao planejar o desenvolvimento desses setores, o Brasil “se prepara para o futuro”, reforçou o presidente Michel Temer, chamando a atenção para a “função social extraordinária” de projetos como o SGDC, que permite a expansão da banda larga “a todos os brasileiros”.

Já o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, destacou aspectos da recuperação econômica do Brasil e mencionou o papel futuro dos setores de tecnologia e Internet das Coisas para intensificar o desenvolvimento. Para o presidente do Futurecom, Laudalio Veiga, o Plano de IoT cria condições para “movimentar toda a cadeia de tecnologia e telecomunicações”.

Internet das Coisas

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e BNDES apresentaram no Futurecom as diretrizes do Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), que será concluído até o fim do ano. Um estudo encomendado pelo MCTIC e BNDES sugeriu a adoção de 76 ações em áreas como fomento à inovação e inserção internacional, infraestrutura e conectividade, e regulação de segurança e privacidade de dados.

Segundo o secretário de Política de Informática do MCTIC, Maximiliano Martinhão, o Brasil larga na frente por elaborar um plano de abrangência nacional para o setor. Na visão dele, o investimento em IoT será um marco para a economia brasileira, comparável ao processo de privatizações ocorrido na década de 1990.

“O futuro mostrará o quanto o Brasil teve lucidez e proatividade ao tratar de maneira estratégica o desenvolvimento dessa indústria no país. Tal qual o processo de privatização das telecomunicações, há quase 20 anos, que transformou nossa economia, a IoT tem o potencial de fazer o mesmo”, destacou Martinhão. “A IoT é uma oportunidade única para o nosso país, e o Brasil está preparado para capturar todo o seu valor. O estudo aponta que o benefício esperado para o país poderá chegar a US$ 200 bilhões por ano em 2025. Isso representa 10% do nosso PIB atual”, completou.

O estudo para a formulação do Plano Nacional de IoT foi solicitado por meio de uma parceria entre o MCTIC e o BNDES e produzido por um consórcio formado pela consultoria McKinsey Global Institute, o escritório Pereira Neto Macedo Advogados e a Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD). O projeto foi estruturado em três fases: levantamento do mercado de Internet das Coisas no mundo; definição dos setores prioritários da economia brasileira para receber investimentos necessários para o desenvolvimento de IoT; e formulação de ações voltadas para acelerar a implantação do mercado de IoT no país.

Todas as etapas foram acompanhadas e validadas pela Câmara de Internet das Coisas (IoT), instância do MCTIC que reúne especialistas da academia, dos centros de pesquisa, das associações da iniciativa privada e do poder público para debater as questões relacionadas à temática no país.

Áreas prioritárias

O estudo identificou quatro ambientes prioritários para o uso em larga escala da IoT no país: agronegócio, indústria, cidades e saúde. O setor que larga na frente é o do agronegócio, no qual o Brasil já lidera mundialmente o desenvolvimento mundial de soluções voltadas à melhoria da produtividade na agricultura e na pecuária. A projeção é que a produção agrícola nacional pode ser aumentada em 49 milhões de toneladas até 2030 com a adoção de ferramentas de IoT.

Na indústria, a previsão é que a produtividade possa se elevar em até 40% com a melhoria do controle de estoques e da logística, além de haver uma projeção de queda de 20% nos acidentes de trabalho nas indústrias de base. Na área da saúde, os dados apresentados no estudo apontam a possibilidade de redução de 30% dos casos de doenças graves ocasionadas por enfermidades crônicas, como diabetes, e contração de 40% nos custos de manutenção de equipamentos por meio do monitoramento com recursos de IoT.

No caso das cidades, a adoção de soluções de Internet das Coisas em setores como transporte, segurança, aperfeiçoamento dos serviços públicos e gestão dos recursos naturais pode contribuir significativamente para promover a melhora da qualidade de vida da população.

“Por meio da Internet das Coisas, é possível melhorar o patamar da produtividade no país, gerando vantagens competitivas para o Brasil. Além disso, as soluções que surgirão da IoT poderão gerar a melhoria da qualidade de vida da população brasileira, ao auxiliar na solução de questões dos grandes centros urbanos de nosso país”, disse o secretário Maximiliano Martinhão.

Rede de objetos

Internet das Coisas é a rede de todos os objetos que se comunicam e interagem de forma autônoma, via internet. Isso permite o monitoramento e o gerenciamento desses dispositivos via software para aumentar a eficiência de sistemas e processos, habilitar novos serviços e melhorar a qualidade de vida das pessoas. As aplicações são diversas e incluem desde o monitoramento de saúde, a automação industrial até o uso de dispositivos pessoais conectados. Estima-se que já existam mais de 15 bilhões de aparelhos conectados em todo o mundo, incluindo smartphones e computadores. A previsão é que, em 2025, esse número possa atingir 35 bilhões de equipamentos.

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