FAMÍLIA

Rita Passos propõe campanha para estimular adoção

Projeto apresentado pela deputada estadual do PSD de São Paulo obriga unidades do Estado a afixarem placas informativas sobre o tema, para evitar abortos e o abandono de recém-nascidos

24/10/2017

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A deputada Rita Passos: “Quanto mais debatemos esses assuntos, mais conhecimentos as pessoas têm”

 

O trabalho de conscientização pode contribuir para que recém-nascidos tenham a chance de viver de maneira digna e não sejam abandonados, caso suas mães não tenham condições ou o desejo de criá-los. Pensando nisso, a deputada estadual de São Paulo, Rita Passos (PSD), trabalha na Assembleia Legislativa pela aprovação de projeto que apresentou em agosto último obrigando unidades públicas e privadas de saúde do Estado a afixarem placas informativas com esclarecimentos sobre o tema.

As placas deverão ser instaladas em locais de fácil visualização, com os dizeres: “A entrega de filho para adoção, mesmo durante a gravidez, não é crime. Caso você queira fazê-la, ou conheça alguém nessa situação, procure a Vara da Infância e da Juventude. Além de legal, o procedimento é sigiloso”. Os materiais trarão ainda o endereço e o telefone atualizados da Vara ou do Foro Regional.

Coordenadora da Frente Parlamentar de Adoção e Pró-Convivência Familiar, a deputada explica que a medida cumpre a função de evitar a realização de abortos e o abandono dessas crianças. De acordo com Rita, em média, dois recém-nascidos são abandonados em hospitais, semanalmente, na cidade de São Paulo.

“Muitas mulheres vão ter seus filhos no hospital e acabam deixando as crianças lá, antes mesmo de receberem alta, ou jogam no mato, em terrenos ou caçambas. Acham que é crime dar um filho para adoção quando ainda estão grávidas ou logo após o nascimento do bebê. Crime é abandonar”, afirma Rita.

Autora do projeto que instituiu a Semana Estadual da Adoção —promovida no mês de maio e marcada por uma série de atividades educativas —, a deputada ressalta a importância da informação na mudança de postura em relação ao tema. “Quanto mais debatemos esses assuntos, mais conhecimentos as pessoas têm”, frisa a parlamentar.

Seleção

Segundo Rita Passos, no Brasil, há cerca de 40 mil pessoas cadastradas como adotantes e, aproximadamente, 7 mil crianças e adolescentes disponíveis para a adoção (quando os pais biológicos perdem definitivamente o poder familiar). No Estado de São Paulo, são 9.716 pretendentes e 1.674 menores nessa situação.

Apesar do grande número de adotantes, um dos entraves do processo é a idealização feita pelos pais adotivos em relação aos filhos. Geralmente, há uma busca por um perfil que não corresponde ao da maioria das crianças. “Na hora de escolher para a adoção, as pessoas colocam uma ‘peneira’. Querem, principalmente, crianças recém-nascidas, brancas e meninas”, destaca a deputada.

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