Stephanes: País precisa repensar limites ao crescimento
O alerta é do deputado federal Reinhold Stephanes (PSD-PR): A burocracia, a ineficiência e o custo do Estado são entraves ao desenvolvimento brasileiro e devem ser enfrentados
21/03/2018
Edição: Scriptum
A burocracia, a ineficiência e o custo do Estado são entraves ao desenvolvimento brasileiro que precisam ser enfrentados. O alerta é do deputado federal Reinhold Stephanes (PSD-PR), que, de qualquer forma, mostrou-se otimista em pronunciamento na tribuna da Câmara dos Deputados. “Temos as inteligências necessárias e capazes de cumprir essa tarefa”, afirmou.
Stephanes – que já ocupou os cargos de ministro do Trabalho e Previdência e também de Agricultura – destacou que apesar de possuir atributos positivos como localização, água em abundância, clima pouco severo e a maior extensão de terras cultivadas, o Brasil permanece atrasado em relação ao crescimento econômico, a renda per capita e os índices de competitividade industrial, de educação, de segurança, entre outros.
Para ele, o desequilíbrio fiscal, a carga tributária elevada, a excessiva burocracia e a insegurança jurídica são alguns dos fatores que levam o Estado a se autolimitar e impedir, em última instância, o crescimento da nação. “O dia a dia nos oferece inúmeros exemplos que caracterizam essa ineficiência e autolimitação. São anos para que empresas consigam viabilizar seus investimentos, para que mineradores renovem suas licenças de exploração ou para que uma estrada possa ser aberta”.
Ainda segundo o parlamentar, “são casos que denotam uma lógica quase irracional e o surpreendente é que as autoridades envolvidas na gestão do Estado concordam que essa burocracia é inviável, mas pouco ou quase nada se faz para o alcance de uma maior racionalidade. Nos acostumamos com um ciclo vicioso no qual identifica-se o problema e no lugar de resolvê-lo, simplesmente se convive com ele”.
Questões estruturais como as reformas política, tributária e previdenciária foram abordadas. Para o parlamentar, no caso da reforma política, é consenso que a existência de um número tão grande de partidos aumenta a complexidade do processo legislativo. “No lugar do debate salutar de ideias e propostas, o que efetivamente se observa é um campo de batalha constante. Não se busca o entendimento, apenas se mantém posicionamentos previamente determinados e, dessa forma, pouco se evolui.”
Stephanes acredita que a demora em concretizar as mudanças necessárias nas áreas tributária e previdenciária conservam o país atrasado em relação aos seus concorrentes e prejudica seu crescimento. “Por isso, reitero que precisamos refletir sobre essa realidade e repensar o Brasil”, concluiu.
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