MULHER

Assessora jurídica do PSD na Câmara luta por direitos femininos

Advogada Deborah Carvalhido também se destaca no grupo apartidário Elas Pedem Vista, que defende maior participação das mulheres no cenário jurídico

03/07/2018

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A advogada Deborah Amorim de Souza Carvalhido

Edição: Scriptum

 

A luta pelos direitos femininos e a paixão pela política marcam a trajetória da advogada e assessora jurídica do PSD na Câmara dos Deputados Deborah Amorim de Souza Carvalhido. Aos 32 anos, ela se destaca pelos serviços prestados ao partido no parlamento, trabalho que realiza desde 2012 após ter sido aprovada em processo seletivo. Além disso, atua ativamente para que as mulheres tenham maior participação em todas as esferas da sociedade.

Não faltam estatísticas para comprovar a desigualdade entre os gêneros no País, como demonstrou a advogada em artigo publicado recentemente no site do Espaço Democrático, a fundação para estudos e formação política do PSD. De acordo com o texto, intitulado Direitos políticos das mulheres: garantia formal x garantia material, dos 81 senadores, apenas 12 são mulheres e há somente 53 deputadas na Câmara, o que representa 10% do total.

Ainda segundo o artigo, que se baseia em diversas fontes, como o Tribunal Superior Eleitoral e a Bancada Feminina no Congresso, o Brasil ocupa a 156ª posição no ranking mundial de participação feminina, em uma lista composta por 188 países. Nas eleições de 2016, dos 5.570 municípios, apenas 641 elegeram mulheres, uma queda de 0,27% em relação ao pleito de 2012.

 

Deborah é uma das fundadoras do Elas Pedem Vista, que defende a ampliação da representação feminina em todas as esferas de poder

 

“Hoje os partidos e coligações preenchem 30% da composição de suas chapas proporcionais, mas é uma garantia formal. As mulheres ainda não têm as mesmas condições de disputa e por isso se sentem desestimuladas. A ausência de protagonismo nas esferas decisórias dos partidos políticos e o esvaziamento de recursos para o financiamento das campanhas são algumas causas que constituem obstáculo para uma maior participação feminina na política. Precisamos refletir sobre isso. Nossos direitos políticos precisam ser efetivados”, afirma Deborah.

Há cerca de dois meses ela foi responsável pelo conteúdo da cartilha produzida pela liderança do PSD na Câmara, que aborda os temas mais relevantes da legislação eleitoral, como financiamento de campanha e propaganda nas redes sociais. “Eu não me vejo em outro partido. Acompanho o PSD desde sua formação e fico muito feliz por estar em um partido realmente diferenciado”, frisa a advogada. Ela também é pós-graduanda em Direito Eleitoral pelo IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público) e integrante da Comissão de Direito Eleitoral da OAB do Distrito Federal.

Debora e o ministro Gilberto Kassab

Mundo jurídico

Deborah é uma das fundadoras do Elas Pedem Vista, grupo apartidário composto por 11 advogadas de Brasília que defende a ampliação da representação feminina em todas as esferas de poder, principalmente no Judiciário. O grupo busca contribuir para o debate de temas sensíveis à sociedade, promovendo a troca de ideias e experiências na carreira jurídica.

“O Conselho Federal da OAB nunca teve uma mulher presidente. Na OAB do Distrito Federal, desde 1960, a gente só teve uma presidente. A primeira ministra a compor o Superior Tribunal Militar, o mais antigo da história do País (criado em 1808), foi Maria Elizabeth, em 2007. Mas essas desigualdades estão em todos os lugares”, explica Deborah.

Formada em Direito e Relações Internacionais pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), Deborah é filha do ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Hamilton Carvalhido e da procuradora de Justiça Eunice Carvalhido. “São meus maiores entusiastas. Minha mãe é um exemplo de força, competência e grande dedicação. Meu pai me ensinou que todos são iguais e sempre me incentivou a lutar pelas causas em que acredito.”

 

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