MICROEMPRESAS

Bertaiolli tem alternativa para refinanciamento de dívidas, vetado pelo governo

Deputado do PSD de São Paulo diz que ideia já está sendo estudada pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional

10/01/2022

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Redação Scriptum com Poder360

O deputado federal Marco Bertaiolli, do PSD de São Paulo, revelou na última sexta-feira (7) que a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) estuda lançar um edital nos próximos dias, nos mesmos moldes de um Refis, para as micro e pequenas empresas do Simples Nacional. Em entrevista à repórter Mariana Haubert, do site Poder360, o deputado disse que a legislação criaria um novo programa de refinanciamento de dívidas das micro e pequenas empresas, com o perdão de multas e encargos. O setor acumula dívida de R$ 50 bilhões.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente o projeto de lei que instituía o chamado Relp (Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos no Âmbito do Simples Nacional).

Sem a recriação do programa, a PGFN pode criar um atalho para viabilizar a renegociação das dívidas enquanto o Congresso não analisa a derrubada do veto.

“Agora é uma administração de danos. Estamos trabalhando com a edição de um edital pela PGFN para os próximos dias dentro do programa de transação fiscal nos mesmos moldes do Refis”, disse Bertaiolli ao Poder360.

A transação tributária, criada em 2020, proporciona a adesão dos contribuintes a um modelo de parcelamento específico que a PGFN propõe. “Esse parcelamento nunca chegou ao ponto do que o Refis proporciona. Então, a ideia é que publiquem agora o edital exatamente como o Refis para que haja a adesão para todos aqueles que queiram até 31 de janeiro. O prazo é muito pequeno”, disse.

Bertaiolli foi relator do projeto que recriou o Refis na Câmara. Ele classificou a decisão do governo pelo veto como “desastrada”. “Causará prejuízo gigantesco às micro e pequenas empresas do Brasil e aos microempreendedores individuais”, disse.

De acordo com ele, há também a discussão junto ao governo de se prorrogar o prazo de adesão ao Simples Nacional, que acaba em 31 de janeiro. Pelas regras atuais, empresas com dívidas junto à Receita Federal não podem aderir.

“Não continuar no Simples é sinônimo de fechamento. Aí que o governo não recebe nunca mais essa dívida que ele tinha como crédito, essas empresas não funcionam, não pagam os impostos atuais e ainda geram desemprego. O mínimo que o governo pode fazer agora é prorrogar esse prazo de adesão ao Simples”, disse.

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