CONGRESSO

CPI aprofunda investigação sobre o caso Braskem

Para o senador Otto Alencar (PSD-BA) é necessário ouvir diretor da empresa para saber se havia conhecimento dos riscos e que atitudes foram tomadas para reduzir os impactos da mineração em Maceió

05/04/2024

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O senador Otto Alencar: depoimento de Marcelo Arantes é necessário para esclarecer a responsabilidade da Braskem no caso

 

 

Edição Scriptum com Agência Senado

 

A pedido do senador Otto Alencar (PSD-BA), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem reúne-se na quarta-feira (10), para o depoimento de Marcelo Arantes, diretor global de Pessoas, Comunicação, Marketing e Relações com a Imprensa da empresa petroquímica. A CPI foi criada para investigar os efeitos da responsabilidade jurídica e socioambiental da mineradora Braskem no afundamento do solo em Maceió, “maior acidente ambiental urbano já constatado no País”.

De acordo com o parlamentar baiano, que é o líder da bancada do PSD no Senado, o depoimento de Marcelo Arantes é necessário para esclarecer a extensão da responsabilidade da Braskem no caso do afundamento do solo no bairro de Pinheiro e áreas adjacentes, em Maceió.

No requerimento que apresentou à comissão, Otto Alencar argumenta que seu pedido visa esclarecer inclusive se a empresa estava ciente dos riscos geológicos na região e se tomou medidas adequadas para mitigar esses riscos. “O depoimento pode fornecer insights sobre como a Braskem está lidando com as consequências desse incidente e compensando as vítimas. É crucial entender que medidas preventivas a Braskem tinha implementado para evitar o afundamento do solo em Pinheiro e se essas medidas foram adequadas e suficientemente robustas”, afirmou o senador.

Otto Alencar ressalta ainda que o depoimento de Marcelo Arantes trará informações sobre as relações da Braskem com autoridades locais, órgãos reguladores e outras partes interessadas envolvidas no caso Pinheiro/Braskem.

“Isso é importante para determinar se houve influência inadequada, falta de transparência ou violações de normas regulatórias por parte da empresa. Além de poder abordar as lições aprendidas com o caso e as medidas corretivas que a Braskem planeja implementar para evitar incidentes semelhantes no futuro. Isso é essencial para garantir a segurança das operações da empresa e a proteção das comunidades onde ela opera”, conclui o senador baiano.

Objetivos

Presidida pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), a CPI foi criada por requerimento do senador Renan Calheiros (MDB-AL), segundo quem a empresa “foi responsável, através da extração de sal-gema, pelo afundamento e destruição de quinze bairros em Maceió, o que afetou mais de 200 mil alagoanos”. Com 11 membros titulares e 7 suplentes, a comissão tem até o dia 22 de maio para funcionar.

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