ESPAÇO DEMOCRÁTICO

Em debate, o Brasil e a qualidade de nossas elites

Economista Pedro Fernando Nery comenta o retrato negativo revelado por um ranking das elites de 151 países

20/07/2021

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Entre 151 países analisados, o Brasil aparece na 86ª posição no Índice de Qualidade das Elites 2021 (EQx), um ranking internacional de economia política que pretende avaliar se as elites agregam ou não valor às suas sociedades. “É um índice ainda experimental, mas que revela alguns resultados interessantes”, diz o economista Pedro Fernando Nery em entrevista ao programa “Diálogos no Espaço Democrático”, produzido pela TV da fundação e disponível em seu canal de Youtube – o conteúdo também pode ser acessado pelo podcast do Espaço Democrático.

O índice, desenvolvido pelas universidades do Porto, em Portugal, e de Saint Gallen, na Suíça, baseia-se em 107 indicadores de quatro áreas conceituais – poder econômico, valor econômico, poder político e valor político. Na 86ª posição, o Brasil aparece abaixo de países como o Togo e o Paraguai.

Nery, que é colunista do jornal O Estado de S.Paulo desde maio de 2019, está incluído na lista dos 70 principais comentaristas de economia em um ranking mundial elaborado pela Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos. Ele foi entrevistado pelo jornalista Sérgio Rondino, âncora do programa “Diálogos no Espaço Democrático”, pelo cientista político Rubens Figueiredo, pelo sociólogo Tulio Kahn e pelo economista Luiz Alberto Machado.

Especificamente em relação ao Brasil, Neri destaca que um conceito básico para aferir uma boa elite é a qualidade da legislação que ela produz. “Uma boa elite faz boas leis, e no Brasil elas são muito ruins”, diz. “Boa parte da proteção que a elite consegue para si mesma vem por meio das leis”.

 

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