CONGRESSO

Governadores vão discutir dívidas estaduais com Pacheco

Na segunda-feira (15), o presidente do Senado se reunirá com governadores de São Paulo, Paraná, Goiás, Minas e Rio para estabelecer as linhas gerais de projeto para regularizar a dívida

12/04/2024

FacebookWhatsAppTwitter

O senador Rodrigo Pacheco (à dir): “A indexação das dívidas é muito alta, que é o IPCA mais 4% limitado à Selic. Isso faz dessas dívidas bilionárias algo impagável.”

 

Edição Scriptum com Agência Senado

 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou que vai se reunir na segunda-feira (15) com os governadores dos Estados mais endividados do País, na residência oficial do Senado. Devem comparecer à reunião Cláudio Castro, do Rio de Janeiro; Tarcísio de Freitas, de São Paulo; Romeu Zema, de Minas Gerais; Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul; e Ronaldo Caiado, de Goiás.

O presidente do Senado e os governadores, que estão pleiteando a reestruturação de suas dívidas junto ao governo federal, vão discutir as linhas gerais de um projeto de lei complementar para regularizar as dívidas estaduais.

Pacheco fez o anúncio durante coletiva de imprensa na quinta-feira (11), logo após uma reunião na presidência do Senado com uma comitiva de Minas Gerais liderada pelo vice-governador Mateus Simões. “Nós viemos nos unir com o presidente do Senado na busca de uma solução estruturante para a dívida de Minas, que vai atender também outros Estados. Estamos falando de uma mudança do formato da dívida pública brasileira, que é um problema”, explicou Mateus Simões.

Com a delegação mineira foi discutida a possibilidade da União receber ativos, como participação acionária em companhias estaduais e “recebíveis”, em troca da federalização das dívidas, amortizando o valor do principal. Também foi analisado, a partir da amortização, um abatimento sobre o saldo devedor e uma redução no indexador.

“A indexação das dívidas estaduais com a União é muito alta, que é o IPCA mais 4% limitado à Selic. Isso faz dessas dívidas bilionárias algo impagável. Então a discussão sobre a indexação com redução desse indexador é certamente uma pauta que constará desse projeto de lei complementar”, informou Pacheco.

Ele defendeu a proposta do Ministério da Fazenda de cobrar contrapartidas a partir da redução dos juros cobrados pelas dívidas. As contrapartidas viriam sob a forma de investimentos que interessem à União e aos Estados, como nos setores da infraestrutura e da educação, incluindo o ensino profissionalizante.

Para o presidente do Senado, seria uma posição inteligente por parte do Ministério da Fazenda garantir flexibilidade em relação às contrapartidas exigidas. “Eu espero que nós já tenhamos nos próximos dias um modelo que, ainda que não seja o definitivo, seja o inicial de um projeto de lei para começar o processo legislativo no Congresso Nacional”, afirmou Pacheco, frisando que o Senado dará o apoio necessário para aprovar o projeto, uma vez que se conhece a urgência da situação.

FacebookWhatsAppTwitter

  0 Comentários

FacebookWhatsAppTwitter