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Júlio César questiona lucro excessivo dos bancos

Deputado do PSD do Piauí debateu com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a cobrança de tarifas pelas instituições bancárias, que considerou excessivas

08/11/2019

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O deputado Júlio César

 

Em audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), na quarta-feira (6), o deputado federal Júlio César (PSD-PI) debateu com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a excessiva cobrança de tarifas pelas instituições financeiras. O representante do BC falou também, durante a audiência, sobre o papel funcional da instituição na gestão das políticas econômicas e a agenda de reformas.

Um dos temas destacados pelo deputado Júlio César foi a alta taxa cobrada pelos bancos como tarifas bancárias. “Eu tenho aqui as tarifas bancárias dos cinco maiores bancos do país. E o que mais me chamou atenção foi o valor cobrado pelo saque no caixa eletrônico. Varia entre R$ 2,65, no Banco do Brasil, e em alguns bancos particulares chega à R$ 3. Sem falar que esses bancos maiores estão absolvendo os menores e ficando cada vez mais fortes”, alertou.

De acordo com os dados apresentados pelo deputado, os valores cobrados apenas com as tarifas bancárias e serviços dos cinco maiores bancos do país alcançou valor excessivo. “O que o Banco Central está fazendo para tributar o lucro dos bancos, que somente com essas taxas, sem contar com os empréstimos, já pagam toda a folha de pagamento, os encargos, distribui dividendos entre os funcionários e ainda lucra entre R$ 35 e R$ 40 bilhões?”, questionou.

Apesar dos dados sobre os lucros bancários apresentados por Júlio César, o presidente do Banco Central enfatizou que o sistema de tarifas é complexo. “Concordo que cabe uma avaliação nas tarifas bancárias. Hoje temos uma empresa chamada Tecban que fornece os caixas eletrônicos e é controlada pelos grandes bancos. Na prática, os bancos pequenos acabam pagando mais caro para o seu cliente ter acesso à rede de caixas. Esse é um tema que o BC tem acompanhado.”

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