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Posse de Cotait na Facesp reúne empresários e autoridades

O vice-presidente do PSD, Alfredo Cotait, assumiu a direção da associação paulista de entidades comerciais na presença do ministro Paulo Guedes, do governador João Doria e do prefeito Bruno Covas

23/05/2019

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Alfredo Cotait: “Nosso objetivo é aumentar o protagonismo da entidade e ampliar seu papel de representante da classe empresarial paulista”

 

Edição: Scriptum

 

O vice-presidente nacional do PSD, Alfredo Cotait Neto, tomou posse nesta quinta-feira (23) na presidência da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). O evento, realizado no Clube Monte Líbano, reuniu mais de 1.500 empresários paulistas e teve também a participação de autoridades como o ministro da Economia, Paulo Guedes, o governador paulista João Doria e o prefeito paulistano Bruno Covas, além de lideranças políticas do PSD, como o presidente nacional Gilberto Kassab, e de outros partidos. Além de Cotait, também foram empossados os integrantes da diretoria executiva e os 20 vice-presidentes da Federação, representando as regiões administrativas paulistas.

No evento, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou a jornalistas esperar que a reforma da Previdência seja aprovada entre 60 a 90 dias no Congresso e que o clima não é tão pessimista em Brasília quanto o discurso do resto do país. Guedes enfatizou que o Senado montou uma comissão paralela para analisar a reforma, que neste momento tramita na Câmara. Segundo ele, isso permitiria “uma surpresa favorável” para as novas regras para aposentadoria. O ministro falou por mais de 40 minutos e foi bastante aplaudido.

O empresário, engenheiro e ex-senador Alfredo Cotait Neto foi eleito para a presidência da Facesp no dia 25 de fevereiro de 2019. “Nosso objetivo é aumentar o protagonismo da entidade e ampliar seu papel de representante da classe empresarial paulista, além de fortalecer o empreendedor e a economia do Estado e do País”, diz ele.

Criada em 1963, a Facesp é dividida em 20 Regiões Administrativas (RAs) e formada atualmente por mais de 400 associações comerciais de todas as regiões do Estado de São Paulo.

Em seu discurso, o novo presidente da Facesp afirmou: “Seremos a voz do empreendedorismo, com o apoio das 420 associações comerciais espalhadas por todo Estado de São Paulo e que representam uma força política sempre mobilizada na defesa da livre iniciativa e do desenvolvimento nacional”.

Alfredo Cotait Neto frisou que “o País está saindo de um modelo de dependência do Estado para uma economia liberal em meio a uma profunda recessão e esgotamento do sistema político da nova república”. E acrescentou que essa mudança de paradigma “irá colocar o setor privado como principal agente do desenvolvimento”.

Cotait destacou a importância da Medida Provisória da Liberdade Econômica, que representa, segundo ele, um importante passo para reduzir o intervencionismo e a burocracia, “atendendo aos anseios de liberdade para empreender, defendidos historicamente pela Facesp e pelas associações comerciais de todo o Brasil”.

Ele defendeu que a reforma da Previdência precisa ser profunda, pois somente assim o Brasil poderá entrar no caminho do equilíbrio fiscal. “A reforma precisa ser profunda, com os parâmetros da proposta enviada pelo governo ao Congresso, pois além de seu impacto positivo sobre as contas públicas e na redução das desigualdades, representa importante sinalização do empenho em busca do equilíbrio fiscal, devolvendo a credibilidade necessária para que os investimentos externos, hoje em compasso de espera, retornem ao Brasil”.

O presidente da Facesp clamou aos parlamentares: “O Brasil tem pressa. Os milhões de desempregados, os desalentados, os jovens que buscam o primeiro emprego têm pressa. É preciso reduzir a incerteza que paralisa a economia. As reformas são necessárias, mas também urgentes”, disse, ressaltando o papel importante dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre. “O Congresso saberá corresponder às expectativas da sociedade, consciente do grave momento que atravessa o Brasil, e aprovará as reformas perfeitamente alinhado com as propostas do Ministro Paulo Guedes, rumo à transição para o modelo liberal”.

Ao final de seu discurso, Cotait foi enfático: “Passaram-se anos de espera, mas com a vitória do presidente Jair Bolsonaro temos a esperança, e quem sabe a última oportunidade, sob o seu comando, de colocar o Brasil no caminho do crescimento. O Brasil liberal que queremos, capaz de gerar empregos e reduzir a dívida social, promovendo a inclusão, exige a participação e colaboração de todos”.

Realizado no Clube Monte Líbano, evento reuniu mais de 1.500 empresários paulistas

Por sua vez, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltou que as associações comerciais são agentes importantíssimos para a geração de emprego e riquezas. Chamou atenção para o desequilíbrio fiscal pelo qual o Brasil vem passando. “Todo dia tem um barulho, um desentendimento, mas não se deixem levar por esses sinais. O sinal que realmente importa é que o Brasil teve 30 anos de desenvolvimento baseado em empresas estatais. Quando fizemos a transição para o regime politicamente aberto, que foi a redemocratização, era natural que fossem carimbados gastos com saúde e educação. Mas definiu-se também que a liberdade econômica e o direito de cada cidadão empreender é a regra. E não a exceção. O cidadão tem que ser capaz de fazer tudo desde que não infrinja a lei. E no Brasil, está o contrário: tudo é proibido a não ser que o governo permita. O Brasil inverteu tudo”, criticou.

O ministro definiu a Previdência como “fábrica de privilégios”. O governo brasileiro, disse ele, “saiu de 18% do PIB de gastos e chegou a 45%, no pico do governo Dilma”. Para ele, o presidente Jair Bolsonaro é “patriota, intenso, determinado e disposto a pagar o preço de enfrentar uma ordem política que ele não considerava interessante e que a população brasileira disse ‘vamos mudar’”.

Guedes declarou que daqui a 60 ou 90 dias a reforma da Previdência deverá ser aprovada. “Creio que conseguiremos implementar (a reforma) com a desejada potência fiscal, vamos poder lançar o sistema de capitalização para os jovens”. Salientou as contribuições dos presidentes da Câmara e do Senado, de prefeitos e de governadores, “até mesmo os da oposição, que não assume publicamente com medo de perder votos, mas estão nos ajudando”.

Ele afirmou que a prioridade agora é administrar os gastos públicos, que “subiram sem controle”. Adiantou que os impostos “vão ser simplificados e vão descer” via reforma tributária. “Já começou uma competição saudável; a Câmara anda com a reforma dela, a gente anda com a nossa”.

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