ELEIÇÕES 2022

Pré-candidato do PSD ao governo do Rio fala de seus planos

O ex-presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, diz que pretende reorganizar a polícia do Rio de Janeiro e combater a corrupção com alianças legítimas, transparência e diálogo

17/05/2022

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Felipe Santa Cruz ao lado de Eduardo Paes e Gilberto Kassab durante cerimônia de filiação ao PSD

 

Redação Scriptum com informações da Folha de S. Paulo

 

Em entrevista a jornalistas do Grupo Folha, o pré-candidato do PSD ao Governo do Rio de Janeiro, o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, defendeu uma grande reorganização da polícia e do sistema de Justiça para enfrentar o problema da segurança no Estado. Sobre o combate à corrupção, o advogado afirmou que o problema pode ser enfrentado com “com partido forte e alianças legítimas”. Em sua gestão, disse, vai trabalhar “com transparência, dialogando com a Assembleia Legislativa, não aceitando o varejo do poder, trazendo pessoas capacitadas para exercer secretarias.”

Leia aqui o texto publicado pela Folha de S. Paulo

Santa Cruz afirmou na conversa com os jornalistas que, se eleito, tem como compromisso recriar a secretaria estadual de Segurança e implantar câmeras nos uniformes policiais, medida obrigatória por lei estadual, cujo cumprimento está atrasado. O pré-candidato do PSD foi o primeiro concorrente ao governo fluminense entrevistado em sabatina realizada por Folha e UOL, na manhã de segunda-feira (16).

Ele falou também sobre a possibilidade de criar uma corregedoria independente para as polícias, uma ouvidoria externa e defendeu investimentos em tecnologia e treinamento. Argumentou que é preciso recuperar o legado que começou a ser construído com a intervenção federal em 2018, mas que acabou abandonado. “A intervenção teve, sim, pontos positivos. As discussões técnicas têm que ser recuperadas”, diz.

Ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) nacional e da seccional do Rio de Janeiro, Santa Cruz diz que seu currículo mostra que ele é capaz “de fazer algo mais amplo do que só tratar das polícias”. Segundo ele, é necessário trabalhar na integração entre as polícias e o Ministério Público, o Poder Judiciário e a Secretaria de Administração Penitenciária. “Ou seja, organizar a polícia e todo o sistema de Justiça para uma maior institucionalidade. Uma polícia que tenha que agir, que recupere essas áreas [sob comando do crime], que tenha firmeza na sua ação, mas que tenha técnica, procedimento e cumpra a lei.”

Santa Cruz acredita que considera equivocada a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que restringiu as operações policiais nas favelas do Estado para casos excepcionais durante a pandemia da covid-19. “É a população dessas comunidades que precisa mais da proteção do Estado”. Em sua opinião, com a decisão de o Estado não ingressar nas comunidades, se cria “uma fronteira como se a polícia fosse por si só sempre homicida, e entrego comunidades na mão do crime.”

Com 3% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha divulgada em abril, Santa Cruz diz que ainda acredita em uma aliança entre o PSD e o PDT, que tem Rodrigo Neves como pré-candidato. Os partidos ensaiaram uma aproximação, mas não conseguiram chegar a um consenso sobre quem ficaria com a cabeça da chapa. “Buscamos esse apoio e sigo acreditando nele. Falo permanentemente com Rodrigo Neves, Eduardo Paes conversa com Carlos Lupi, presidente nacional do PDT. Confio que a aliança se formará até o prazo final das convenções”, afirmou

O pré-candidato do PSD não manifestou apoio a nenhum candidato à Presidência da República, mas deixou clara sua rejeição a Bolsonaro. “O Brasil vai fazer uma escolha entre a democracia ou mais quatro anos de erosão da sua vida institucional”, disse. “O governo Bolsonaro é marcado pela tensão e pela busca constante do presidente em fragilizar a democracia, como fazem outros governantes autoritários pelo mundo.”

Santa Cruz afirmou que o PSD tem capacidade de discutir internamente quem apoiará nas eleições, e que está em boas mãos sob a liderança de Gilberto Kassab. “O primeiro turno pode marcar maior liberdade do partido nos Estados, mas no segundo turno [vamos] marchar contra Bolsonaro”

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