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Acidentes de trânsito matam mais crianças do que doenças no Brasil

Em 2011, o então prefeito Gilberto Kassab lançou o Programa de Proteção ao Pedestre, que reduziu, em um ano, 40% mortes por atropelamento no centro de São Paulo

13 de out de 2014

De acordo com reportagem publicada pelo portal iG, crianças no Brasil tem maior chance de morrer vítimas de acidentes de trânsito do que de doenças ou afogamentos. Dados de uma pesquisa apresentada no II Congresso Internacional Sabará de Especialidades Pediátrica mostram que 22 crianças, entre 5 e 14 anos, em cada 100 mil morrem por envolvimento em acidentes automobilísticos no Brasil.

Em comparação com outras nações mais desenvolvidas, como Suécia e Reino Unido, a disparidade é enorme. Nesses países o índice é de 3 crianças em cada 100 mil. Quando não provoca a morte, acidentes de trânsito deixam muitas crianças com sequelas.

Os pedestres de maneira geral são as principais vítimas do trânsito em São Paulo. De acordo com o dado mais recente, 514 pedestres morreram no trânsito paulistano em 2013, enquanto 403 motociclistas, 200 motoristas e passageiros e 35 ciclistas foram vítimas fatais no mesmo período. Em 2011, durante a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab foi implantado o Programa de Proteção ao Pedestre, que buscou com mais ações educativas e fiscalização reduzir o número de pedestres vítimas do trânsito.

O Programa lembrou aos motoristas que os pedestres devem ter preferência nas ruas porque são a parte mais frágil do ambiente urbano. Monitores foram espalhados em centenas de cruzamentos para educar motoristas e pedestres sobre como atravessar as ruas de maneira segura.

No primeiro ano do projeto, as ações de cunho educativo de respeito ao pedestre contribuíram para a queda de 40% de atropelamentos seguidos de morte na 1ª Zona de Máxima Proteção ao Pedestre (ZMPP) Centro/Paulista e de 10,7% no Município de São Paulo, comparado com o mesmo período anterior. Entre 11 de maio de 2011 e 10 de maio de 2012, foram 24 mortes de pedestres na área central ante 40 no período anterior. O programa também registrou redução de 34,3% no número de atropelamentos na ZMPP da Área Central. Foram 424 atropelamentos registrados nessa região de 11 de maio de 2011 a 10 de maio de 2012 ante 645 no período anterior.

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