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Brasileiro quer partido de centro, diz pesquisa do PSD

Diário do Comércio (18/03/2012) - Entre outros desejos, o cidadão gostaria de ter um partido liberal que defenda o cumprimento de contratos e a propriedade privada.

19 de mar de 2012 · centro, Espaço Democrático, partido, pesquisa, PSD

Uma pesquisa nacional realizada pelo Partido Social Democrático (PSD), fundado pelo prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, mostra que os eleitores preferem um partido de centro que seja liberal na defesa da livre iniciativa e das liberdades individuais, além de defender o cumprimento dos contratos e a propriedade privada. A pesquisa foi divulgada na edição deste domingo (18) pelo jornal Diário do Comércio.

O levantamento – que ouviu 3.000 pessoas na pesquisa quantitativa e 180 na qualitativa, em 46 cidades de 18 estados no final de 2011 – também aponta para um partido socialdemocrático que defenda as condições mínimas de bem-estar dos pobres e moderno na relação com os eleitores.

De acordo com Guilherme Afif Domingos, vice-governador de São Paulo e presidente do Espaço Democrático – fundação de estudos e disseminação política do PSD, que organizou o estudo –, “os brasileiros, apesar de não aceitarem a formação de um novo partido político no Brasil, buscam o novo na representação política. É uma pesquisa que norteia o partido, para ocupar o espaço”, disse Afif no lançamento da pesquisa em São Paulo, na sede do PSD.

Guilherme Afif lembrou ainda que o posicionamento ideológico do brasileiro se volta para o centro. A pesquisa aponta que a maior parte dos brasileiros (30%) se diz de centro-direita, enquanto 28% são de centro e 24%, de centro-esquerda. Segundo o presidente do Espaço Democrático, há no Brasil um “conservadorismo marcado principalmente pelo apego à família”.

Vida pública

A pesquisa mostra ainda que 58% dos entrevistados não querem a criação de mais partidos, mas abrem espaço para a criação de novos, desde que defendam a lei e a ordem (81%), e cuidem dos interesses de todos (61%) e não apenas dos mais pobres. 

A pesquisa, ainda no âmbito da vida pública, revela que apesar de os brasileiros acreditarem que as empresas privadas são mais eficientes na gestão (50%), outra metade dos entrevistados não concorda com a privatização de empresas estatais.

O coordenador do Conselho de Administração Pública do Espaço Democrático e secretário de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho da cidade de São Paulo, Marcos Cintra, observa que “os resultados sobre privatização citados acima, se confrontados, mostram que a sociedade brasileira ainda não se liberou totalmente dos dogmas da privatização”. “Esses resultados ajudam a entender a diferença entre o que a elite pensa e o que a sociedade pratica de fato”, disse. “Isso talvez explique porque eu e o Afif encontramos tantas dificuldades em nosso trabalho, apesar da existência de investidores sequiosos para aplicar recursos no Brasil”, afirmou Cintra.

Vida privada

No âmbito pessoal, a pesquisa do Espaço Democrático revelou diversas facetas do brasileiro. Para a vida profissional, 62% querem abrir negócio próprio, enquanto 26% desejam emprego público e 7%, emprego privado. Outros 54% consideram o pagamento dos impostos no Brasil ruim ou péssimo, 30% consideram regular e 12%, ótimo.

A maioria (52%), no entanto, discorda em reduzir a jornada de trabalho sem corte de salários, mesmo que haja desemprego. Outros 43% concordam com o corte. Quanto à restrição à entrada de estrangeiros no País, 56% acham que o governo deve restringir; e outros 39%, não. Já 64% acham que o governo deve restringir a entrada de produtos estrangeiros no País, em apoio à economia brasileira; e outros 31%, não.

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