O economista Felipe Salto é um implacável defensor da transparência dos números.
Edição: Scriptum
A gestão das contas públicas brasileiras tem sido um dos principais gargalos do País, não importa qual seja o perfil do governo em exercício. É um tema polêmico, que divide especialistas, e vai entrar na pauta do Espaço Democrático – a fundação para estudos e formação política do PSD – nesta sexta-feira (16), a partir das 10h.
O economista Felipe Salto falará sobre as saídas para a questão fiscal brasileira. Diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão criado pelo Senado Federal no final de 2016 com o objetivo de acompanhar as contas do governo, ele é um implacável defensor da transparência dos números.
“Nós não podemos gastar mais do que aquilo que temos capacidade de arrecadar”, disse ele recentemente em entrevista. “Este é o espírito da responsabilidade fiscal”. Na mesma entrevista, descreveu o nó em que se encontra a situação fiscal brasileira: há um teto de gastos constitucional imposto a um Orçamento extremamente rígido. “O Orçamento deveria ser o ápice da democracia, porque é ali que estamos discutindo a fatia do bolo. Hoje o processo orçamentário é meramente formal”, diz ele.
Economista formado pela Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EESP) e mestre em administração pública e governo pela mesma escola. Foi consultor econômico – com foco em macroeconomia, contas públicas e contas externas – e assessorou os senadores José Serra e José Aníbal em assuntos econômicos e fiscais. Organizou e é um dos autores do livro Finanças públicas: da contabilidade criativa ao resgate da credibilidade, que ganhou o Prêmio Jabuti na categoria de Economia. Desde novembro de 2016 é diretor-executivo da IFI.
O Encontro Democrático “Saídas para a questão fiscal brasileira” será realizado na sede da fundação, na rua Santo Antônio, 184, 14º Andar, no Centro de São Paulo.
