O governador Ratinho Jr. durante inauguração do Hospital Regional do Norte Pioneiro, no último dia 9.
Uma iniciativa que une o Governo do Estado do Paraná e empreendedores locais já está contribuindo para amenizar a falta de equipamentos de segurança para os profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate ao coronavírus. A gestão do governador Carlos Massa Ratinho Junior está apoiando com equipamentos e serviços a produção e distribuição de máscaras-escudos (face shields) impressas em 3D a partir de uma ação solidária de curitibanos para levar esse equipamento de proteção para hospitais públicos, privados e unidades de pronto atendimento.
Servidores e veículos da Casa Civil e da Defesa Civil estão contribuindo para distribuir as máscaras e esta semana o Governo do Estado ativou uma aba no site www.coronavirus.pr.gov.br para conectar toda a cadeia de fabricação de máscaras de proteção para ajudar os profissionais da Saúde. Além da plataforma online para ampliar a participação de doadores, a administração estadual fará a distribuição do material nos hospitais cadastrados em todo o Estado. A iniciativa é da Superintendência de Inovação da Casa Civil e leva em conta a necessidade de manutenção do isolamento social e o ecossistema de inovação que já existe no Paraná.
Curitibanos produzem máscaras em impressoras 3D
“Este site é a porta de entrada para novos makers ingressarem no movimento. O Estado conecta iniciativas isoladas, disponibiliza o arquivo de impressão oficial do modelo testado e aprovado pelos profissionais da Saúde e responde ao desafio logístico diante da necessidade de controlar a circulação de pessoas”, afirma Henrique Domakoski, superintendente de Inovação da Casa Civil. “A ideia é da conexão perfeita. Essa união de esforços permitirá resposta mais rápida nessa crise global de saúde pública”.
A máscara-escudo nasceu na República Tcheca, no bojo do combate global à Covid-19 e da alta demanda por equipamentos hospitalares, e em pouco tempo chegou ao Brasil. Em Curitiba, a ideia começou a sair da máquina no dia 21 de março, quando três empresários que têm impressoras 3D decidiram montar um pequeno grupo em uma rede social com intuito de fabricar esses protetores faciais a partir do código livre disponibilizado pela empresa do leste europeu.
Uma semana depois, a rede recém-nomeada de Atitude 3D já integra pelo menos 150 pessoas, 25 produtores ativos, uma cadeia de fornecedores e os servidores públicos estaduais. Foram mais de R$ 10 mil arrecadados, 2,2 mil entregas em apenas sete dias e já são 10,3 mil novos pedidos na fila depois que os hospitais se conectaram na iniciativa.
Segundo Henrique Domakoski, essa tecnologia se transformou em uma aliada global contra o coronavírus. “É um exemplo prático de como tecnologia e inovação podem ajudar a salvar vidas. Os empreendedores trabalharam rapidamente e em rede para ajudar profissionais da saúde. A partir de um protótipo de código livre o mundo inteiro se uniu”, afirma.
