O ministro Kassab: “Cabe ao governo olhar o bambu de uma forma estratégica e dar condições para que o setor industrial o utilize de diversas formas”
Edição: Scriptum
Embora a utilidade do bambu nos processos industriais e na construção civil ainda seja muito pouco conhecida no Brasil, em países como China, Equador, Colômbia e Costa Rica ele é largamente utilizado, movimentando muito dinheiro em suas economias. Por isso, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, defendeu nesta terça-feira (28) que o país estimule a utilização do bambu na indústria nacional. “Cabe ao governo olhar o bambu de uma forma estratégica e dar condições para que o setor industrial o utilize de diversas formas”, afirmou Kassab durante seminário na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que reuniu governo, setor produtivo e pesquisadores para discutir incentivos à cadeia produtiva do bambu.
O seminário apresenta iniciativas de outros países, mostrando por exemplo que a economia do bambu movimenta R$ 17 bilhões por ano na China.
O bambu pode ser empregado na construção e fabricação de pontes, paradas de ônibus, praças de pedágio, estruturas de casas, telhas, portas e janelas, mobiliário, utensílios de cozinha e objetos de decoração, entre outros.
No Brasil, entretanto, a atividade econômica relacionada ao bambu ainda é bastante restrita. Além de ser um produto de manejo simples e barato, o bambu ainda traz como vantagem a sustentabilidade. O Brasil dispõe de clima favorável e grande extensão de áreas degradadas inaptas para outros cultivos, mas adequadas ao plantio de diversas variedades de bambu de valor comercial.
Durante o seminário na Fiesp, está sendo lançado o livro “Bambus no Brasil”, que reúne informações de diferentes instituições brasileiras sobre o desenvolvimento e a consolidação da cadeia produtiva do bambu no Brasil.
