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Entrevista

Kassab: “O centro reflete a alma dos brasileiros”

Reportagem do jornal Valor Econômico entrevista algumas das principais lideranças do PSD e fala sobre as razões do seu crescimento nas eleições de outubro passado

22 de nov de 2016

Kassab ICT Week

O ministro Kassab: “O brasileiro tem uma índole conciliadora que se encaixa com nosso perfil.”

Reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico na segunda-feira (21) destaca que, nas eleições de outubro, o PSD consolidou-se nas eleições de 2016 como a terceira força política em número de prefeituras (540) e a quarta em número de eleitores administrados (9,8 milhões). Entrevistado pelo jornal, o presidente licenciado do partido, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, disse que trata-se de um crescimento orgânico, fruto da consolidação do PSD como um partido de centro. “O brasileiro tem uma índole conciliadora que se encaixa com nosso perfil. Esse centro reflete a alma dos brasileiros”, diz.

A matéria, assinada pelo jornalista Fernando Taquari, lembra ainda há um trabalho de garimpo em busca de lideranças afinadas com as bandeiras defendidas pelo partido, como o liberalismo econômico e o empreendedorismo. “Kassab aproveitou os contatos que tem com representantes de associações comerciais e de entidades de classe interessados em entrar na política para marcar presença com candidaturas em diversos setores”, afirma o vereador paulistano reeleito José Police Neto (PSD).

Por sua vez, o líder da legenda na Câmara, Rogério Rosso, diz que o principal objetivo do PSD em 2018 é ampliar a bancada de deputados federais, para em 2020, garantir um novo crescimento no número de prefeitos eleitos. “O PSD tem 100% de alinhamento com Temer. Sabemos que temos condições de estar inseridos em um projeto nacional em 2018”, afirma Rosso.

A reportagem do Valor afirma ainda que, apesar da expectativa, Kassab e o PSD não costumam antecipar decisões ou fechar questão sobre pautas e alianças. Segundo o presidente do diretório estadual do Ceará, deputado federal Domingos Neto, a única vez que a legenda tomou partido em bloco ao longo dos últimos anos foi às vésperas da votação na Câmara da PEC 241, quando a bancada, em linha com o governo Temer, fechou questão a favor da proposta de impor um teto aos gastos públicos.

Já o presidente do PSD da Bahia, senador Otto Alencar, informa no texto que quase a metade dos prefeitos eleitos na Bahia é composta por estreantes em eleições majoritárias. A Bahia será no ano que vem o Estado com maior número de prefeitos do PSD. “Com as 82 vitórias, nos tornamos a primeira força política local em quantidade de prefeituras, bem à frente do segundo colocado, o PT, que ganhou em 55 cidades”, afirma Otto Alencar. A exemplo da Bahia, a boa relação de Kassab e do partido com outros governadores se refletiu no resultado das urnas. Em Santa Catarina e Rio Grande do Norte, governados pelo PSD, a legenda passará administrar 61 e 52 municípios, respectivamente.

A reportagem indica ainda que o PSD também avançou em outros grandes colégios eleitorais. Em São Paulo cresceu 76,4% ao conquistar 60 prefeituras, enquanto em Minas Gerais o aumento foi de 96,4% ao eleger 55 prefeitos. A exceção é o Rio de Janeiro, onde ganhou em apenas duas cidades. “Estamos em um processo de remontagem no Estado. Por isso esse desempenho”, justifica o presidente do PSD fluminense, deputado Indio da Costa, que terminou em quinto lugar na eleição para Prefeitura do Rio, com 8,99% dos votos. Segundo Indio, sua decisão de concorrer ao cargo, a despeito da resistência de alguns correligionários e dirigentes do PMDB, levou a uma debandada de deputados federais e estaduais da legenda no primeiro semestre, o que repercutiu na eleição dos candidatos pessedistas.

Mesmo assim, o PSD tem motivos de sobra para comemorar, sobretudo se comparado com os outros nove partidos criados desde 2001, já que é o único entre estes que pode ser classificado como grande pelo volume de prefeitos, vereadores, deputados federais e senadores (veja o quadro).

Além de novas filiações nos últimos três anos até março de 2016, o PSD foi o partido que mais ganhou filiados, 74,3 mil no total, conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Domingos Neto, atrela o resultado eleitoral a postura de Kassab na condução do partido. “Nunca houve uma decisão monocrática. A direção nacional sempre respeitou a realidade local”, diz Neto.

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