Loading

Pesquisar

Kassab vai à Federasul e convida Cairoli a se filiar ao PSD

Jornal do Comércio (01/12/2011) – Presidente do PSD disse que no Rio Grande do Sul a intenção é priorizar o diálogo com o PSB.

01 de dez de 2011 · Danrlei, Federasul, José Paulo Cairoli, Kassab, PSD

Jornal do Comércio

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, principal responsável pela articulação e criação do PSD, mais novo partido da política brasileira, esteve ontem em Porto Alegre para participar do Tá na Mesa, reunião-almoço promovida pela Federasul. Aqui no Rio Grande do Sul, o maior expoente do partido é presidente estadual da sigla, deputado federal Danrlei de Deus (ex-PTB).

A primeira empreitada eleitoral do PSD será a disputa de 2012. Presidente nacional do PSD, Kassab já avisou que as direções municipais não terão autonomia absoluta e precisarão compartilhar as decisões com a direção estadual. O prefeito de São Paulo disse que a intenção é priorizar o diálogo com o PSB.

“Aqui em Porto Alegre, como em todas as grandes cidades do País, haverá esforço para que tenhamos um encaminhamento em conjunto com o PSB. Em todos os estados foi assim, essa é a única recomendação que fizemos ao presidente Danrlei.” No entanto, Kassab não confirmou que essa recomendação signifique aliança com a pré-candidata do PCdoB à Capital, deputada federal Manuela d’Ávila, que tem apoio do PSB. “Não temos nenhum compromisso. A nossa convicção é de que precisa haver esforço para que estejamos juntos, discutir para ver se podemos seguir o mesmo caminho.”

O presidente nacional do PSD disse ainda que não dispensa alianças num espectro mais amplo, do PT ao PSDB, este, inclusive, parceiro natural em São Paulo, cidade na qual foi eleito vice de José Serra (PSDB), em 2004, e depois assumiu o Executivo, em 2006, com a renúncia do tucano para concorrer ao governo paulista.

Questionado na coletiva, não descartou se aliar aos petistas em Porto Alegre e ficar em oposição ao PSB. Kassab aproveitou o gancho da pergunta para caracterizar a nova legenda.

“O PSD é um partido de centro, independente, que não faz parte da base do governo (federal) e que tem total tranquilidade para votar projetos que entendamos sejam de interesse do País. Temos posições que nos aproximam do liberalismo e também de partidos que defendem o Estado forte nas áreas da saúde e da educação.”

Kassab disse estar tranquilo sobre os processos que o PSD tem enfrentado na Justiça Eleitoral sobre infidelidade partidária. “Talvez os partidos estejam fazendo isso para dar uma satisfação às suas bases, mas não existe nenhum risco (para o PSD). A legislação prevê a mudança para partidos em formação.”

O prefeito também comentou o pedido de criação de CPI na Câmara Municipal de São Paulo para investigar supostas irregularidades entre a prefeitura e a empresa Controlar, encarregada da inspeção veicular na cidade.

“Se houver (CPI), ela vai concluir que está tudo feito corretamente. O Ministério Público entende que o contrato é inadequado e irregular e a prefeitura avalia que é correto. Caberá ao Judiciário arbitrar sobre isso.” Kassab negou que fosse conivente com as supostas irregularidades. “Isso é bobagem.”

Kassab convida Cairoli para se filiar à sigla

Mentor do recém-criado PSD, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, está disposto a engrossar as fileiras da nova legenda. Ontem, em visita ao Rio Grande do Sul, para participar do Tá na Mesa, da Federasul, aproveitou a viagem para convidar o presidente da entidade, José Paulo Cairoli, a ingressar no partido.

Na coletiva de imprensa, Kassab, ao nominar alguns quadros do PSD, projetou: “E, se Deus quiser, em breve o Cairoli. Todos sabem do compromisso público que nós temos com o nosso governador, aliás presidente”.

Após a gafe, que soou mais como uma fala ensaiada do que de fato um engano, o prefeito de São Paulo insistiu: “É uma grande liderança e, inquestionavelmente, está preparado para disputar um cargo majoritário, seja prefeito, senador, governador. Temos grandes chances de vê-lo entrar na vida pública”.

Ao lado de Kassab, Cairoli apenas sorriu, indisfarçavelmente, constrangido.

Danrlei diz que definirá com os vereadores quem apoiará na Capital

O presidente nacional do PSD e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, chegou ontem à Federasul ciceroneado pelo presidente estadual da sigla, o deputado federal Danrlei de Deus, que terá a missão de articular alianças para as eleições municipais de 2012 no Rio Grande do Sul.

O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), que pretende ser reconduzido ao cargo no ano que vem, fez questão de comparecer à reunião-almoço para prestigiar a palestra de Kassab.

Danrlei afirmou que o PSD está disposto a dialogar com o PDT de Fortunati e com os demais partidos para definir os rumos da sigla na disputa pela Capital. “Estamos abertos a conversar com todos, para avaliar com quem estaremos. Vamos decidir em conjunto com os nossos vereadores”, apontou.

O PSD possui hoje três vereadores em Porto Alegre: Tarciso Flecha Negra (ex-PDT), Nelcir Tessaro (ex-PTB) e Bernardino Vendruscolo (ex-PMDB). A meta do partido na Capital é, no mímino, manter as três cadeiras e, numa projeção ideal, eleger mais um ou dois vereadores em 2012.

Ao comentar a estratégia de expansão do partido no Rio Grande do Sul, Kassab caiu no clichê de afirmar que o Estado é “um dos mais politizados do País” e acrescentou que a prioridade é compor o partido com quadros de qualidade.

“Não temos pressa. Nossa preocupação é reunir bons quadros e ganhar a confiança do eleitor do Rio Grande do Sul. A intenção e ter candidatos no maior número de municípios, mas não é uma obsessão, o partido está iniciando.”

O PSD tem no Rio Grande do Sul quatro prefeituras – Ciríaco, Barra do Ribeiro, São José do Sul e Três Forquilhas -, 85 vereadores e 105 diretórios municipais em fase de organização.

Conforme a direção estadual, a sigla pretende participar das campanhas majoritárias em Porto Alegre, Canoas, Alvorada, Viamão, Estância Velha, Santa Maria, São Sepé, Carazinho e Erechim.

Informações Partidárias

Notícias