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Ministro Kassab define estratégia para recompor orçamento

Em reunião com o Conselho de Secretários Estaduais de Ciência, Tecnologia e Inovação, o ministro Gilberto Kassab pediu apoio para a defesa dos recursos necessários à área de pesquisa

04 de ago de 2016

Kassab Consecti

“É fundamental que cada um de vocês nos traga subsídios e mobilize seus parlamentares, porque tudo é encadeado, ou seja, parte expressiva do trabalho que realizamos vem de projetos em parceria”, recomendou o ministro.

Com o objetivo de garantir a recomposição do orçamento da pasta, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, definiu nesta quarta-feira (3), em reunião do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti), uma estratégia de mobilização conjunta com os representantes de 17 Estados.

No encontro, Kassab sugeriu a defesa dos recursos para pesquisa no Congresso Nacional. “É fundamental que cada um de vocês nos traga subsídios e mobilize seus parlamentares, porque tudo é encadeado, ou seja, parte expressiva do trabalho que realizamos vem de projetos em parceria”, recomendou o ministro.

Para ele, “é muito importante que nós e vocês conversemos com deputados federais e senadores, que têm um papel muito relevante, e alertá-los do grave risco que corre o Brasil se o Congresso não entender o seu papel nessa recomposição, porque, sem ela, nós perderíamos uma grande oportunidade.”

Kassab expressou a disposição do seu Ministério em trabalhar “de maneira efetiva e próxima” do Consecti. “Agora, precisamos discutir esses processos e estratégias de mobilização para que possamos desenvolver os projetos que temos pela frente. Esse é um dos temas mais importantes, porque de nada adianta nós nos estruturarmos e nos integrarmos se não tivermos o mínimo de recursos para desenvolver as nossas ações e projetos.”

O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTIC, Alvaro Prata, acrescentou que a preocupação da pasta abrange, além do orçamento federal, a disponibilidades de recursos estaduais. “É preciso fortalecer e reafirmar a importância da ciência, tecnologia e inovação em nível federal, mas também em nível estadual. Em momentos de crise e dificuldade, há uma tendência de se enxergar mais em curto prazo. E nós sabemos que o benefício da ciência, tecnologia e inovação é colhido em médio e longo prazo.”

Já o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTIC, Jailson de Andrade, informou que o governo federal deverá repassar R$ 100 milhões para o próximo ciclo de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), com R$ 30 milhões do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), R$ 30 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e R$ 40 milhões da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Segundo ele, os recursos se somariam às contribuições dos estados.

“Os INCTs hoje têm presença em todos os estados do Brasil, mesmo não havendo sedes nas 27 unidades da federação, porque existem, em cada uma delas, laboratórios integrantes de grupos do programa”, apontou o secretário, lembrando que a seleção de institutos deve se encerrar em agosto. “O CNPq conduz a negociação com as FAPs [fundações estaduais de amparo à pesquisa].”

A presidente do Consecti, Francilene Garcia, reforçou a necessidade de definir prioridades para manter “acesa a chama da ciência, tecnologia e inovação no Brasil”. “Os sistemas estaduais são fundamentais por enxergarmos as especificidades regionais, e também pela própria ação e pelo modelo implantado no país de contrapartidas locais”, disse.

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