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Omar Aziz promete buscar justiça para vítimas de Maceió

Presidente da CPI da Braskem, senador do PSD do Amazonas ouviu depoimentos de vítimas do afundamento do solo em bairros de Maceió e garantiu: “Iremos a fundo nas investigações”

09 de abr de 2024

O senador Omar Aziz: “Iremos a fundo nessa investigação. Está comprovado tecnicamente que houve influência na prospecção das minas, no momento da extração das gemas.”

Edição Scriptum com Agência Senado

O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão de inquérito que investiga o desastre ambiental que provocou o afundamento do solo em 15 bairros de Maceió, a CPI da Braskem, coordenou na terça-feira (9) reunião em que foram ouvidos representantes de associações de vítimas, que pediram que o mapeamento dos danos seja feito pelas autoridades constituídas. Ao final do encontro, Aziz garantiu que será feito o máximo para obter justiça.

“Iremos a fundo nessa investigação, pois somos todos sensíveis a essa causa. Essa situação não foi fruto de uma ação natural. Está comprovado tecnicamente que houve, sim, influência na prospecção das minas, no momento da extração das gemas. É algo que abala muito toda a sociedade”, declarou.

A CPI investiga os efeitos da responsabilidade jurídica socioambiental da empresa Braskem S.A. Um dos principais objetivos é assegurar a justa reparação aos afetados pelos danos ambientais iniciados em 2018, causados pela exploração do mineral sal-gema pela petroquímica.

Na reunião, o presidente da Associação dos Empreendedores e Vítimas da Mineração em Maceió, Alexandre Sampaio, e o coordenador-geral do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem, Cássio de Araújo Silva, justificaram a necessidade de mapeamento feito pelas autoridades pelo fato de o diagnóstico ambiental do desastre ter sido feito pelas empresas Tetra Tech e Diagonal, ligadas à mineradora.

Alexandre Sampaio pediu que os acordos já efetivados com a Braskem com base em relatórios feitos pela Tetra Tech e a Diagonal sejam anulados, “por eles não considerarem sequer metade do número de vítimas afetadas”.

De acordo com ele, “é a raposa cuidando do galinheiro. Não é aceitável que essas empresas investiguem e façam o diagnóstico de um problema que a própria Braskem causou. É como se os ministérios públicos permitissem que o diagnóstico da doença provocada pelo crime da Braskem fosse feito sem nenhum exame ou pelo ‘médico que cometeu ou pelo assassino que feriu a vítima’. Todos esses acordos precisam ser revistos à luz da Constituição, à luz do direito das vítimas. Que os danos morais e materiais obedeçam a critérios justos. Que o Estado pague alguém que não esteja ligado à Braskem para mapear os verdadeiros danos, porque até hoje houve uma maquiagem deles”.

Na terça-feira, a CPI da Braskem também aprovou requerimentos de informação, ambos propostos pelo senador Omar Aziz. O parlamentar pede que o prefeito de Maceió, Henrique Caldas, e o governador de Alagoas, Paulo Dantas, prestem esclarecimentos sobre royalties e outras receitas provenientes da exploração do sal-gema desde 1976, quando a Braskem iniciou a exploração do minério na região.

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