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SEGURANÇA

Polícia do Paraná eleva taxa de esclarecimento de homicídios

Em 2019, primeiro ano da gestão de Ratinho Junior (PSD), a Polícia Civil registrou a solução de 61% dos crimes, taxa semelhante à dos Estados Unidos e superior à de cidades como Chicago

31 de jan de 2020

O governador Ratinho Jr: Estado do Paraná teve melhora de 36,6% na taxa de solução de assassinatos.

No primeiro ano da gestão do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), a Polícia Civil do Paraná obteve um expressivo crescimento no índice de esclarecimento de homicídios registrados em Curitiba. Em 2018, 37% dos casos ocorridos na capital paranaense foram esclarecidos. Em 2019, o percentual chegou a 61%, com uma melhora de 36,6% na taxa de solução de assassinatos. Em 2019, foram registrados 243 crimes desse tipo, sendo que 149 já foram esclarecidos. Em 2018 ocorreram 297 homicídios, com solução de 109 casos.

A taxa de esclarecimentos obtida em 2019 é similar à dos Estados Unidos, que apresentam solução de 62%, segundo dados do Federal Bureau of Investigation (FBI). A taxa é superior, por exemplo, a de Chicago, capital de Illinois (EUA), onde o índice foi de 53% no passado, segundo a polícia local.

De acordo com o delegado-geral adjunto, Riad Braga Farhat, está provado por estudos e estatísticas que a maneira mais eficiente de diminuir número de homicídios é por meio de investigações e descoberta de autorias. “Dessa forma é possível obter provas e tirar assassinos de circulação”, diz.

Farhat ressalta, ainda, que a Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa da Polícia Civil comprova o que dizem estudos e estatísticas, pois além de aumento de soluções de homicídios houve uma queda proporcional no registro de assassinatos no ano de 2019, na capital. “O aumento de 37% de homicídios solucionados em 2018 para 61% em 2019 é muito expressiva. Isso ocorreu porque na Divisão atuam policiais civis de extrema competência, que trabalham 24 horas na difícil tarefa de elucidar crimes””, completa.

Conforme levantamento realizado pela PCPR, a maioria dos autores e vítimas de crimes de homicídios ocorridos em Curitiba durante o ano de 2019 são do sexo masculino. Das 243 vítimas, 17 são mulheres. Além disso, os dados apontam que 73% dos crimes registrados durante o ano estão diretamente relacionados com o uso e tráfico de drogas na cidade.

Segundo a delegada Camila Cecconello, o foco das investigações em organizações criminosas voltadas para o tráfico de drogas ajuda de forma considerável para a elucidação de crimes contra a vida. “Ao identificar e prender chefes dessas organizações, diversos inquéritos policiais são solucionados ao mesmo tempo e outras mortes deixam de acontecer”, afirma.

A delegada relaciona o aumento no índice de solução de homicídios ao desempenho e integração das equipes de investigação e de plantão, que atuam desde o primeiro atendimento no local do crime. “O aumento no índice se deve ao esforço conjunto de todos os policiais civis da unidade, focados na solução desses delitos”, enfatiza.

Para o delegado-geral adjunto a defesa da vida é o principal objetivo da Polícia Civil. “Vamos ainda melhorar esses números para 2020. Pretendemos reforçar a equipe de investigação da divisão especializada e temos certeza que com mais tempo de serviço e experiência esses policiais que lá estão conseguirão alcançar um resultado ainda melhor para este ano”, finaliza.

Crime brutal

Em 2019, a Polícia Civil esclareceu o assassinato de Rachel Genofre, de 9 anos, ocorrido no dia 3 de novembro de 2008. Na época dos fatos, a garota foi encontrada morta dentro de uma mala de viagem abandonada na Rodoviária de Curitiba, localizada no Centro da cidade. O Inquérito Policial foi concluído no dia 27 de novembro de 2019, após 11 anos de investigação.

Um dos fatores atrelados à elucidação do caso é a integração da base de dados entre Paraná, São Paulo e Brasília. Devido a isso, houve cruzamento do material genético encontrado no corpo da vítima com o material genético do suspeito, que já encontrava-se preso no Sistema Penitenciário de São Paulo por outros crimes.

O suspeito foi trazido para Curitiba, onde foi ouvido e confessou o crime em detalhes. O homem foi indiciado por estupro, atentado violento ao pudor e homicídio triplamente qualificado.

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