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Presidente do PSD-MG: Kassab não decidiu sozinho por elo com PT

Portal Terra (11/07/2012) - "Ficamos 4 horas conversando, discutindo a situação, que se formou à revelia da gente. Houve um rompimento entre PT e PSB, que nos obrigou a escolher um lado", disse Paulo Simão.

11 de jul de 2012 · Brant, Kassab, Lacerda, Minas Gerais, Patrus, Paulo Simão, PSD

Portal Terra

O presidente do PSD de Minas Gerais, Paulo Simão, rechaçou nesta terça-feira as críticas de que o prefeito de São Paulo e criador da legenda, Gilberto Kassab, interferiu na decisão do partido de coligar com o PT em Belo Horizonte. Com o racha entre o PSB, do prefeito Márcio Lacerda, e o partido da presidente Dilma Rousseff, o PSD precisou optar de que lado ficar, acabando por escolher apoiar o petista Patrus Ananias.

“Não houve isso. Houve uma conversa do Kassab comigo e com cinco deputados federais, que compõem a nossa maioria no Congresso. Ficamos quatro horas conversando, discutindo a situação em Belo Horizonte, que se formou à revelia da gente. Houve um rompimento entre PT e PSB que levou a essa divisão e nos obrigou a escolher um lado. Não houve interferência coisa nenhuma. Respeitamos o presidente do partido, que é um partido em formação, que quer se formar com independência e autonomia. Houve uma conversa civilizada entre os presidente nacional, o regional e a bancada, que culminou na decisão de caminhar com o Patrus”, disse Simão.

Nem todo o PSD, entretanto, recebeu tão bem a decisão. Descontente e alegando falta de democracia interna, o vice-presidente nacional, Roberto Brant, deve entregar amanhã o seu pedido de desfiliação. “Lamento muito, gosto muito do Roberto. É uma figura acima de qualquer suspeita e um grande amigo. O partido perde muito com a saída dele. Certamente, não é só esse (a suposta interferência de Kassab) o motivo. Temos que respeitar, é da política. Perdemos um companheiro importante”, lamentou Simão.

O PSD apoiaria a reeleição de Lacerda junto ao PT, mas o partido do atual prefeito teria sofrido pressões do PSDB, do senador Aécio Neves, e decidido romper o acordo que garantiria aliança com os petistas nas eleições proporcionais. O PT respondeu lançando candidatura própria, e Kassab anunciou na quarta-feira passada que uniria as bandeiras do PSD à campanha de Ananias.

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