O governador Ratinho Jr: “Metodologia ajuda o comércio local e nos dá agilidade para cuidar de quem mais precisa”
Mais de 310 mil pessoas já foram beneficiadas pelo programa Cartão Comida Boa, criado pela gestão do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) para atender famílias vulneráveis de todo o Estado. Pelo programa, se iniciou esta semana a distribuição de um vale para que pessoas em situação de vulnerabilidade possam comprar produtos alimentícios durante a pandemia do novo coronavírus. O vale de R$ 50 é recarregado a cada 30 dias, válido por pelo menos três meses. O Governo do Estado deverá distribuir mais de 1 milhão de vouchers.
De acordo com a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, uma das responsáveis pelo projeto, cerca de R$ 8,3 milhões foram consumidos nos estabelecimentos conveniados em pouco mais de 181 mil transações até a quinta-feira.
O governador Ratinho Junior destaca que o programa busca atender as pessoas mais humildes do Estado, servindo ainda como um complemento ao auxílio proposto pelo Governo Federal. “Essa metodologia ajuda o comércio local e nos dá agilidade para cuidar de quem mais precisa”, afirma o governador. “Nossa preocupação é que os paranaenses, especialmente os mais necessitados, sofram o mínimo possível durante essa crise na saúde. O Comida Boa garante ainda um alimento de qualidade na mesa dos paranaenses”, acrescenta Ratinho Junior.
Apenas em Marialva, na região Noroeste do Paraná, foram distribuídos 3.794 vales. A dona de casa Edna de Sousa Santos, 36 anos, que mora na cidade, está entre os beneficiados pelo programa. Ela chegou logo cedo à Secretaria Municipal de Assistência Social do município para pegar o cartão. De lá, foi direto para um supermercado próximo fazer as compras que vão ajudar a alimentar cinco filhos, com idades variando entre 4 e 17 anos. “Sou mãe e precisava muito dessa ajuda. Há muitas pessoas desempregadas neste momento, então o que o Governo possa oferecer já ajuda bastante”, afirmou.
Em Mandaguari, cidade da Grande Maringá, também no Noroeste, já há 2.449 cadastrados para receber o Cartão Comida Boa. A aposentada Neide Camargo Ferreira, 63 anos, não gastou muito tempo para regularizar a situação e sair com o cartão na mão. Ela levou até o carrinho de compra ao CRAS da cidade para facilitar a logística. “Meu dinheiro da aposentadoria gasto praticamente inteiro com aluguel, remédios e ajudando filhos e netos. Então, com essa ajuda, é a certeza de que terei comidinha na mesa”, contou.
O programa já tem 5.983 beneficiários em Sarandi, também na Grande Maringá. A costureira desempregada Diana Aparecida Martins já demonstrava ansiedade na pequena fila de espera – com distanciamento social – dentro do Colégio São Francisco de Assis, em Sarandi. Tão logo carregou o cartão, saiu com o marido para um dos mercados da redondeza para fazer a compra. Garantiu produtos de limpeza, higiene pessoal e alimentos para os três filhos. “Esse programa é um alívio em meio à pandemia”, disse. “É alguém fazendo algo por nós, graças a Deus”, completou a dona de casa Cacilda Maria da Silva, 62 anos, vizinha de fila da Diana.
Cidade mais populosa do interior do Paraná, Londrina, na Região Norte, montou uma operação de guerra para que a distribuição do vale na cidade fosse feita rapidamente. Em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, 121 escolas foram transformadas em pontos de troca.
Apenas o município vai disponibilizar 42.938 vouchers do programa. Número que salta para mais 80 mil quando considerado as cidades vizinhas. “Vivo só com o Bolsa Família. Então com esse cartão vou poder comprar mais comida para mim e para o meu filho, de dois anos”, destacou Ana Betriz Ferreira da Conceição, 18 anos, desempregada. “Meu marido sofreu um derrame e não pode trabalhar. Vivemos com um salário mínimo. Esse programa é uma ajuda e tanto”, completou a dona de casa Ilda Lopes Barbosa, de 65 anos.