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PSD lamenta morte de Ruy Mesquita, do Estadão.

O diretor do jornal paulistano (foto) morreu aos 88 anos, em São Paulo. Ele foi um dos líderes da resistência à censura à imprensa no Brasil.

22 de maio de 2013 · falecimento, Gilberto Kassab, PSD, Ruy Mesquita

"Dr. Ruy" estava internado desde o dia 25 de abril no hospital Sírio-Libanês

O presidente nacional do Partido Social Democrático (PSD), ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, divulgou na noite desta terça-feira (21) nota de pesar pelo falecimento do jornalista Ruy Mesquita, diretor do jornal O Estado de S. Paulo.

Ruy Mesquita morreu aos 88 anos, em São Paulo. Ele tinha câncer e estava internado desde o dia 25 de abril no Hospital Sírio Libanês.  

“Dr. Ruy”, como era conhecido no Estadão, era neto de Júlio de Mesquita, que fundou o jornal em 1875. Começou a graduação na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Acabou abandonando o curso e terminou os estudos na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), também na USP.

Em 1964, o jornal da família Mesquita, então comandado por Julio de Mesquita Filho, pai de Ruy, apoiou o golpe militar que derrubou o governo esquerdista de João Goulart. Mas logo rompeu com o novo governo, ao perceber que os militares não pretendiam, como imaginavam, defender a democracia. Passou, então, a criticar a ditadura, principalmente após o cancelamento das eleições presidenciais previstas para 1965.

Fundador e diretor do Jornal da Tarde naquele ano, Ruy Mesquita foi um dos líderes da resistência à censura à imprensa no Brasil. No JT, determinou que as reportagens censuradas pelo governo fossem substituídas por receitas culinárias, enquanto o Estadão utilizava para isso poemas de Camões.

Após a morte de seu irmão mais velho, Julio de Mesquita Neto, em 1996, Ruy assumiu a direção do Estadão. 

Veja a seguir a íntegra da nota divulgada pelo presidente nacional do PSD:

“O Brasil perdeu hoje um dos principais defensores da liberdade de expressão e da democracia da sua história. Com receitas culinárias, Ruy Mesquita resistiu à censura prévia e, assim, combateu o regime totalitário em nosso país. Jornalista por excelência, inovou ao criar e lançar o Jornal da Tarde, e, posteriormente, assumiu o Estadão e passou a cuidar pessoalmente dos editoriais, considerados os melhores da imprensa brasileira. Construiu assim, uma obra e uma biografia que honram a todos nós brasileiros e são motivo de orgulho para toda a sua família, parentes e amigos, com os quais me solidarizo”.

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