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PSD Mulher discute ações contra a violência sexual

Secretária da Defesa Civil do Piauí, Simone Pereira analisa situação da violência contra mulheres e diz que Estados precisam investir em rede de proteção social e na divulgação da estrutura de apoio às vítimas.

08 de jan de 2015

Simone Pereira, coordenadora do PSD Mulher do Piauí.

Simone Pereira, coordenadora do PSD Mulher do Piauí.

As estatísticas sobre violência sexual contra a mulher são alarmantes. Em 2013, o total de estupros registrados pela polícia chegou a 50.320, o equivalente a um a cada seis horas. A informação consta do mais recente Anuário Brasileiro de Segurança Pública. E os números podem ser ainda piores, pois muitos casos sequer são notificados à polícia.

Esta situação foi tema da palestra de Simone Pereira, coordenadora do PSD Mulher do Piauí, no 1º Encontro do PSD Mulher, realizado em novembro, em Natal, no Rio Grande do Norte. Ela explicou, para cerca de 100 mulheres que participavam do evento, a importância de os Estados implantarem o Serviço de Apoio à Mulher Vítima de Violência Sexual (Samvis).

Esse serviço funciona geralmente dentro de uma maternidade, por ser um espaço exclusivo para mulheres, o que garante alguma privacidade para elas em um momento tão delicado.

Ao chegar lá, a vítima de violência sexual recebe assepsia, para evitar as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), e pílula do dia seguinte, para impedir uma possível gravidez indesejada. Após esses procedimentos, ela passa por exame de corpo de delito e registra o Boletim de Ocorrência. Tudo acontece no mesmo local. De lá, ela já sai com acompanhamento psicológico e social.

O Samvis é um programa do Ministério da Saúde e faz parte das redes de políticas de proteção à mulher, mas não está implantado em todos os Estados brasileiros. No Piauí existe há dois anos.

Mas, como diz Simone, que é também secretaria da Defesa Civil do Piauí, não basta existir toda uma estrutura que dê apoio a mulher, pois é preciso também que ela tenha conhecimento a respeito disso. “Acho fundamental que se divulgue a rede de proteção social que existe em cada Estado para assegurar os direitos da mulher. A política existe, mas as pessoas que necessitam recorrer a essa rede não têm conhecimento de como ela funciona”.

Uma de suas propostas é elaborar uma cartilha, uma espécie de passo-a-passo para as vítimas de crimes sexuais, com informações sobre o que fazer, a quem recorrer etc. “Nós, mulheres, que participamos da vida política representando o PSD, podemos abraçar com compromisso e responsabilidade essa causa”, comenta .

O 1º Encontro do PSD Mulher foi o primeiro de uma série de cinco encontros que estão previstos para acontecer os próximos meses. Eles visam divulgar a necessidade da participação das mulheres na política e estimular a implantação do segmento feminino no PSD nos Estados e Municípios.

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