Encontros do PSD Mulher estão sendo feitos em formato nacional
O PSD Mulher já está se preparando para as eleições de 2022. Com a estratégia pronta – estimular e definir as candidaturas femininas às assembleias legislativas estaduais – o núcleo feminino do partido vem realizando encontros virtuais entre coordenadoras, militantes e mulheres com mandatos para acertar os próximos passos. O último evento, “A importância da mjlher nas assembleias legislativas”, realizado esta semana, reuniu deputadas do PSD e militantes de todo o País para trocar experiências. Foi o sexto encontro com este formato realizado este ano.
“A nossa proposta é investir em candidaturas femininas para as assembleias legislativas e, para isso, organizamos essa conversa para que as que já foram eleitas em 2018 pudessem se conhecer”, afirmou a coordenadora nacional do PSD Mulher, Alda Marco Antonio. “Hoje temos 12 deputadas estaduais no Brasil e muitas puderam participar do nosso encontro. Foi uma conversa muito rica e louvável”, acrescentou.
O PSD pretende lançar candidaturas próprias à presidência e aos governos estaduais e, com isso, o núcleo feminino pretende aproveitar para eleger mais mulheres. “Em função dessas candidaturas executivas, em 2022 as nossas candidatas terão seus números de registro começando com 55, o que facilita muito para os eleitores memorizarem”, explica Alda.
O encontro desta semana teve a presença destacada da deputada Ivana Bastos (PSD-BA), que no ano passado assumiu a presidência da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale). “Participar de uma superlive como esta foi gratificante. Pude encontrar mulheres valentes, cada qual com sua história de superação, e ficou bem claro que somos capazes, aguerridas, capazes de avançar cada vez mais. Ouvi histórias interessantíssimas e saio renovada, porque vejo que o time de mulheres do PSD é de mulheres forte e aguerridas”, afirmou Ivana.
“Lives como essa são incentivo a participar da política. Você pode não ter mandato eletivo, mas é importante estar filiada, que milite, que participe das decisões. Mulher no poder é defesa das causas femininas nas câmaras federais, municipais, estaduais, no Senado. A mulher na política é a política da mulher em pauta”, acrescentou.
Banco de propostas
Do encontro, surgiu a ideia de Alda de lançar um banco de projetos aprovados por legisladoras femininas, para que as mulheres – eleitas ou não – possam recorrer quando precisarem de dados para participar de debates ou levar propostas adiantes. “Muitas mulheres trouxeram ideias que foram aprovadas por governo, oposição, homens, mulheres. Isso mostra que ideias boas unem desiguais e que o debate é importantíssimo para desarmar espíritos”, avalia.
Uma das propostas trazidas ao evento virtual foi o da deputada Marlene Fengler, de Santa Catarina. Nascida em Itapiranga, no interior catarinense, a parlamentar recebeu o governador Carlos Moisés para a entrega de R$ 36,6 milhões em investimentos em sua cidade natal, e ainda entregou mais R$ 3 milhões em emendas para municípios do Oeste e extremo-Oeste do Estado. “Estamos fechando a semana com chave de ouro”, disse Marlene.
“Dos 46 deputados da Assembleia Legislativa do Ceará, apenas seis parlamentares mulheres foram eleitas – com cinco no exercício do mandato. Além de estarmos em um espaço que é nosso por direito, é preciso mulheres legislando para mulheres. É preciso que nossas experiências não sejam apenas ouvidas, mas que virem políticas públicas efetivas. É preciso ver pautas urgentes como a pobreza menstrual, muitas vezes responsável por faltas e abandono escolar, e agir – pautas que não permeiam a realidade dos homens. Pautas que são nossas e precisam da nossa luta, da nossa voz, da nossa força”, diz a deputada Erika Amorim, do Ceará, que conseguiu aprovar o fornecimento gratuito de absorventes para meninas em idade escolar de regiões carentes, que chegavam a perder até três dias de aulas por mês por falta de recursos.
“Nosso encontro foi maravilhoso, quero agradecer imensamente à líder Alda Marco Antonio, que sempre nos motiva e compartilha conosco as ideias, apoia nossas ações em mandatos. Essa experiência de dialogar com outras parlamentares de todo o País foi muito gratificante. Experiências, projetos, requerimentos, nossas histórias de lutas e conquistas, foi um momento único. Foi muito bom poder ouvir minhas colegas de outros Estados falando de suas atuações e êxitos. Isso nos fortalece”, disse a deputada Edna Auzier, do PSD-AP.
Cota
Outro tema de debate no encontro do PSD Mulher foi a proposta do senador Angelo Coronel (PSD-BA), de incluir uma cota de 10% para parlamentares mulheres em todas as casas legislativas do Brasil. “Temos muitas e muitas cidades cujas câmaras municipais são 100% comandadas por homens. Se ao menos tivéssemos uma vereadora, já faria diferença”, avalia Alda.
No próximo mês, o PSD Mulher planeja reunir vereadoras das capitais em um evento para discutir a candidatura dessas mulheres a deputadas estaduais. “Se não vencerem, ao menos reforçam seus nomes e suas atuações em seus cargos. O fortalecimento é peça fundamental do sucesso da mulher na política”, concluiu.
