Loading

Pesquisar

MUNICÍPIOS

Rio: passaporte de vacina reduz atraso na segunda dose

Após o prefeito carioca Eduardo Paes (PSD) anunciar a obrigatoriedade do comprovante de imunização para entrar em espaços coletivos e agendar cirurgias, houve queda de 40% no número de faltosos

03 de set de 2021

O prefeito Eduardo Paes: após 7 semanas consecutivas de aumento, número de casos da covid-19 apresenta queda no Rio

Anunciada pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), a obrigatoriedade da apresentação de comprovante de vacinação contra a covid-19 em dia para entrar em ambientes de uso coletivo ou para agendar cirurgias eletivas, já apresentou resultado positivo: queda de 40% no número de pessoas que deixaram de receber a segunda dose do imunizante. O número foi divulgado na sexta-feira (3) pela Secretaria Municipal de Saúde.

Os decretos no Diário Oficial do Município estabelecendo a obrigatoriedade da apresentação de comprovante de vacinação para quem quiser frequentar clubes, academias de ginástica, cinema, teatros, entre outros, foram publicados na semana anterior por Eduardo Paes. A realização de cirurgias eletivas também passará a ser condicionada à apresentação de comprovantes.

Inicialmente prevista para valer a partir do dia 1º de setembro, a medida foi adiada para o dia 15 em virtude de instabilidades no sistema ConecteSus, que emite o comprovante digital. Ainda assim, os decretos tiveram resultado imediato. No dia em que publicou as exigências, o prefeito explicou que um dos objetivos era “fazer com que as pessoas se vacinem”.

O superintendente de Vigilância em Saúde do Rio, Márcio Garcia, ressaltou a importância do resultado preliminar. “Desde a publicação dos decretos exigindo o comprovante de vacinação, conseguimos aumentar a busca de pessoas que ainda não haviam se vacinado com a primeira dose e também das pessoas que estavam com a segunda dose em atraso. Isso indica que a estratégia deu certo”, comentou.

Cenário

A 35ª edição do Boletim Epidemiológico da Covid-19, divulgada na sexta-feira, mostra que, depois de sete semanas consecutivas de aumento após o início da maior transmissão da variante Delta, o número de casos da covid-19 apresenta queda no município do Rio. Após duas semanas de aumento das notificações, os óbitos pela doença também voltam a diminuir. Já os atendimentos na rede de urgência e emergência por síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave na capital mantêm a tendência de queda sustentada.

Na última semana, 100 novos casos de diferentes variantes do vírus foram identificados na cidade, sendo 83 moradores locais e os demais pacientes que foram atendidos na cidade, mas moram em outros municípios. Desde a identificação do primeiro caso de novas variantes, o município contabiliza 1.384, sendo 1.118 residentes. Entre os que moram na cidade, 877 casos da Gamma, 228 da Delta e 13 da Alfa. Dos moradores infectados por essas três cepas, 63 faleceram, cinco permanecem internados e 1.050 já são considerados curados.

Por causa da disseminação da variante Delta e do aumento do número de casos notificados, o boletim aponta o mapa de risco da cidade para covid-19 ainda no estágio de atenção. Todas as 33 regiões administrativas (RAs) do município estão classificadas com risco alto (laranja) para transmissão do coronavírus pela quinta semana seguida. As medidas de proteção à vida foram prorrogadas até 13 de setembro, mantendo o nível de alerta para risco alto.

O 35º boletim mostra que, desde março de 2020, o município do Rio soma 452.320 casos de covid-19, com 32.164 óbitos. Em 2021 são 237.189 casos e 13.102 mortes. A taxa de letalidade deste ano está em 5,5%, contra 8,9% em 2020; e a de mortalidade, em 196,7 a cada 100 mil habitantes, contra 286,2/100 mil no ano passado. A incidência da doença é de 3.560,7/100 mil, quando em 2020 era de 3.229,5/100 mil.

Informações Partidárias

Notícias