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Stephanes defende política de incentivo a cultura do trigo no Brasil

"As terras e as sementes estão disponíveis. Além disso, temos agricultores preparados, tecnologia e alta produtividade”, afirmou o deputado.

02 de ago de 2012 · PSD, Stephanes, trigo

O deputado federal e ex-ministro da Agricultura Reinhold Stephanes (PSD-PR) defendeu a criação de um plano de médio e longo prazo, por parte do governo federal, para incentivar a cultura do trigo no Brasil de forma a garantir a autossuficiência do país na produção do grão.

A defesa foi feita durante o seminário “Fatores políticos e comerciais que interferem na cultura do trigo”, realizado durante a VI Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale, em Londrina, para promover o crescimento e desenvolvimento das culturas no País.

Para o deputado, uma das grandes perguntas que se faz atualmente é se o Brasil deve ou não produzir trigo. A resposta é sim, enfatizou. “A questão reside na decisão política em se definir uma agenda, um plano de iniciativa do governo federal, para garantir a autossuficiência da produção no Brasil. As terras e as sementes estão disponíveis. Além disso, temos agricultores preparados, tecnologia e alta produtividade”.

Sob o ponto de vista técnico, Stephanes explica que a produção do grão é estratégica porque se trata de uma cultura de inverno que ajuda a proteger o solo e compõe melhor os custos de produção dos agricultores para as culturas de verão.

Do ponto de vista da segurança alimentar, Stephanes também considera o incentivo a cultura do trigo fundamental, uma vez que os estoques mundiais do grão são muito baixos e qualquer problema de quebra na safra em função de problemas climáticos pode gerar uma disparada nos preços. “Este ano, nos últimos trinta dias, já estamos sentindo os sinais dessa alta”, lembrou.

Stephanes afirmou ainda que a resposta da produção é rápida e que a partir da implementação de um plano de incentivos, em três a cinco anos, o Brasil já pode alcançar a autossuficiência. Para tanto, segundo o ex-ministro, é preciso oferecer alternativas de financiamento e seguro para os agricultores, assim como adotar uma política de preço mínimo e evitar a importação nos períodos de colheita.

“O governo precisa abandonar a crença de que importar trigo ainda é a solução mais barata para a composição do preço do pão francês. Na verdade, o trigo representa apenas 15% desse custo”, avaliou.

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