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Stephanes: Política brasileira para produção de etanol e biodiesel é inconsistente

“Há cinco anos havia uma euforia em relação ao assunto. Mas o que assistimos foi a um fracasso total das previsões”, disse o deputado e ex-ministro da Agricultura.

15 de ago de 2012 · biodiesel, etanol, PSD, Stephanes

“O Brasil precisa de uma política mais realista e consistente para a produção de etanol e biodiesel”.  A afirmação é do deputado e ex-ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes (PSD-PR), que participou nesta quarta-feira (15) da quinta mesa redonda do VIII Congresso Brasileiro de Planejamento Energético (CBPE) realizado em Curitiba sob o tema Energia para o Século XXI: Sociedade e Desenvolvimento.

Para o deputado, não há hoje no país nenhuma estratégia, projeto, política ou interlocução com o governo nessa área. “Há cinco anos havia uma euforia em relação ao assunto. O ex-presidente Lula afirmou várias vezes que em dez anos o Brasil dobraria sua produção e passaria a exportar etanol. Além disso, a utilização do combustível nos automóveis nacionais era de 50%. Cinco anos depois, essa utilização caiu para trinta por cento, a produção está menor e importamos etanol dos Estados Unidos. Ou seja, o que assistimos foi a um fracasso total das previsões anteriores”.

Stephanes ressalta que a previsão para os próximos anos é ainda pior, considerando-se a falta de um planejamento estratégico para o setor. “A insegurança básica se dá em relação à formação do preço atualmente atrelado ao da gasolina que, por sua vez, é contralado pelo governo. Não há como investir hoje sem saber qual a perspectiva para o futuro”, defende.

Ainda segundo o deputado é preciso destacar que o país tem todas as condições necessárias para produzir esses combustíveis de forma positiva. “Temos matéria-prima, empresários, terra e clima favoráveis”, conclui.

A visão de Stephanes foi apoiada pelos demais debatedores da mesa redonda. Além do deputado, participaram do debate, Luis Augusto Horta Nogueira, da Universidade Federal de Itajubá (Unafei) e Décio Luiz Gazonni, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

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