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Demarcação de terra indígena no MT em debate

Senadora Buzetti (PSD-MT) critica aprovação de estudo para delimitar o território Kapôt Nhinore. Segundo ela, região "produz gado e soja e vem gerando empregos e renda para todo o Brasil" 

02 de ago de 2023

Para a senadora Margareth Buzertti, é fundamental um estudo detalhado para evidenciar qual a quantidade de terra necessária.

Edição Scriptum com Agência Senado

A aprovação de estudo pela Fundação Nacional do Índio (Funai) para identificação e delimitação da terra indígena Kapôt Nhinore, localizada entre as cidades de Vila Rica e Santa Cruz do Xingu, no Mato Grosso, e o município de São Félix do Xingu, no Pará, foi criticado pela senadora Margareth Buzetti (PSD-MT).

Em pronunciamento na terça-feira (1), a parlamentar se disse surpresa com a decisão, pois o objetivo é a demarcar 360 mil hectares de terras de uma região que, segundo ela, “produz gado e soja, tem florestamento e vem gerando emprego e renda nas últimas três décadas para todo o Brasil”.

Segundo ela, “são produtores rurais que vêm trabalhando dentro das quatro linhas, recebendo inclusive financiamento do próprio governo para que aumentem as suas produções, e agora estão assustados com o que pode acontecer com as suas propriedades e com a sua família. Um estudo preliminar do Instituto Pensar Agro [IPA] aponta que isso impactaria 201 proprietários que possuem a legitimidade da posse das suas terras. Eles pagaram impostos ao longo dos anos, fizeram investimentos, seguiram as regras, inclusive, de compensação de florestas e agora são vítimas do termo que parece estar na moda: a bendita insegurança jurídica”, afirmou.

Margareth Buzetti disse que o grupo indígena que reivindica suas terras tradicionais tem apenas 60 membros e questionou se seriam necessários mais de 360 mil hectares de terra. Para a senadora, é fundamental um estudo detalhado para evidenciar como é a cultura desse povo, quais as suas necessidades em termos de flora e fauna e qual a quantidade de terra necessária.

A senadora disse também que se reuniu com a presidente da Funai, Joenia Wapichana, para entender mais sobre o trabalho e como seria a indenização aos agricultores. A senadora também destacou que a bancada do Mato Grosso, da qual é coordenadora, terá um encontro com o governador do Estado e com representantes dos produtores rurais para definir quais serão seus próximos passos.

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