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SAÚDE

Em BH, Kalil adota medidas rigorosas contra o coronavírus

Interrupção das aulas na rede municipal de ensino, fechamento de prédios da Prefeitura, de clubes e parques são algumas das medidas adotadas em Belo Horizonte por Alexandre Kalil (PSD)

18 de mar de 2020

O prefeito Alexandre Kalil: “A cidade não vai parar, estamos falando aqui de esvaziamento de contato.”

A interrupção das aulas na rede municipal de ensino, esvaziamento de prédios da Prefeitura, fechamento de clubes, parques e suspensão de feiras são algumas das medidas adotadas pela gestão do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) para evitar a propagação dos casos de coronavírus na cidade. “A cidade não vai parar, estamos falando aqui de esvaziamento de contato. Não é ponto facultativo, não é férias. Vai todo mundo continuar trabalhando de casa”, explicou o prefeito.

Em transmissão ao vivo pelo Facebook, Kalil fez um apelo à população: “Chega de achar que é bobagem. Peço, pelo amor de Deus, vamos ter responsabilidade. Não matem seus pais, seus avós e seus tios. Eu faço parte do grupo de risco, tenho 60 anos e não quero morrer, ainda mais por conta de irresponsabilidade”.

Ele enfatizou que o momento atual “é muito grave, é outro desastre incontrolável. Pelo amor de Deus, nós mineiros somos diferentes, temos responsabilidade e somos reconhecidos por isso, quero pedir a todos que respeitem o momento. Vamos vencer mais essa batalha, e não falo isso como prefeito, falo como cidadão”.

O prefeito da capital mineira determinou que todos os prédios onde trabalham funcionários públicos municipais sejam esvaziados e que os servidores passem a trabalhar remotamente. Kalil explicou que somente a Secretaria de Saúde, a segurança e o gabinete de crise instaurado por ele continuarão em funcionamento durante o período de avanço da doença.

As aulas nas escolas serão interrompidas na quinta-feira (20). Essa é a segunda vez somente neste ano que a Educação é afetada por períodos de crise. O início das atividades letivas também foi atrasado em Belo Horizonte por causa das fortes chuvas que atingiram a cidade em janeiro e fevereiro.

Quanto aos serviços de saúde, Kalil disse que os funcionários em férias serão convocados a retornar aos postos de trabalho. A Secretaria de Saúde vai definir, junto aos cemitérios da capital, regras para velórios e enterros.

Os espaços como bibliotecas, museus, centros culturais, parques e o zoológico de BH estão fechados. Locais com aglomeração de pessoas como clubes e feiras também estão impedidos de funcionar. Programas de utilização do espaço público, como o BH é da Gente, que ocorre em todas as regionais, nos fins de semana, também está suspenso.

Os restaurantes populares continuarão funcionando, porém em uma dinâmica mais ágil para evitar o contato entre as pessoas e a proliferação do vírus. “Entrou, pega a ficha, pega o almoço e sai”, diz Kalil.

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